quinta-feira, 2 de maio de 2013

Seria muito importante que os serviços essenciais funcionassem ininterruptamente


Por Aristóteles Drummond, jornalista 
Boas medidas estão sendo anunciadas para melhorar a prestação de serviços na área pública. O funcionamento de portos 24 horas é apenas uma delas. Postos de saúde e atendimento em hospitais do SUS também poderiam funcionar, pelo menos, até meia-noite. E a vergonha dos Correios, em que muitos franqueados nem abrem aos sábados, quando pelo menos uma vez por mês deveriam fazê-lo. Assim como serviços essenciais, como o da emissão de passaporte. 
Um cidadão português que precise renovar seu passaporte e more no Brasil vai ao Consulado, atende às exigências e, dez dias úteis depois, recebe o documento em casa pelo correio especial, no caso o DHL. Para os brasileiros, leva dois meses só para marcar. O que melhorou, e muito, foi o Detran, especialmente o do Rio, o que mostra que, se querendo, pode.
Algo anda sendo feito na área de exames de imagem, em que a madrugada ociosa permite custos menores para o SUS. Mas é pouco ainda. Não tem sentido o descaso com que o público é tratado, inclusive por empresas privadas, como os bancos, que são muito justamente campeões de queixas nos Procons.
Há dias, precisei falar com a diretoria de um banco e não encontrei em nenhum lugar um número de telefone que não fosse os de centrais de atendimento tipo 0800 e 0300. Tive de ligar para um parente de diretor para conseguir. Antes, em outro, ocorreu o mesmo problema quando queria falar com um amigo. Inacreditável que diretores e advogados de bancos se escondam da clientela.
O gerente da agência disse não poder colocar em contato o cliente com as instâncias superiores. O Banco Central deveria olhar isso. Alguns, por outro lado, gostariam de funcionar aos domingos em shoppings, aeroportos, rodoviárias e portos. Não se justifica o impedimento.
Por exemplo, o governador Sérgio Cabral, patrono desde deputado estadual dos idosos, poderia abrir salas de atendimento noturno em bairros como Copacabana, Tijuca, Ilha do Governador e Bangu, com um médico e duas ou três enfermeiras para tirar pressão, dar um calmante e encaminhar a uma Emergência, quando for o caso. Proteção ao cidadão é isso, plantão de 24 horas.

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