Várias autoridades políticas estão se manifestando publicamente e expondo o que pensam sobre a administração de Gleide Santos neste início de mandado. Na última semana Jeová Alves, ex-prefeito de Açailândia, durante entrevista falou sobre a atual administração e se manifestou contra a forma de governar da prefeita.
Seguindo a mesma linha o PSOL emitiu carta aberta onde aponta erros graves que a gestora vem cometendo já neste início de mandato, e deixa sugestões para que a chefe do executivo faça um governo transparente e exerça o mandato compromissado socialmente.
Gleide Santos durante o período de campanha eleitoral afirmou por várias vezes que já nos primeiros cem dias de seu governo, seriam notórias as mudanças que empreenderia, pois ela era orientada por Deus. Diante disso, lideranças entenderam que a gestora aceitava ser avaliada já nos seus primeiros meses.
O motivo das lideranças se manifestarem publicamente contra a administração da prefeita deve-se pelo fato de temerem que ocorram novamente erros graves, como os cometidos por ex-administradores, que levaram a população a sofrer. Segundo essas autoridades tais erros já vem sendo cometidos pela administradora do município.
Dentre os principais erros destacados pelas lideranças está à falta de transparência e a demissão de profissionais técnicos e os que possuíam comando. De acordo com os insatisfeitos, tais profissionais deveriam ter sidos mantidos, pois estes ao longo de três a seis meses poderiam auxiliar os novos profissionais.
Sobre a falta de transparência, afirmam que Gleide Santos deveria ter realizado uma minuciosa auditoria fiscal, para expor de maneira concreta a real situação do município, já que a gestora afirma que pegou a cidade em meio a um caos, mas nada comprova.
Veja abaixo os pontos destacados na carta emitida pelo PSOL durante a avaliação do 120 dias de mandato da chefe do executivo.
DIAGNÓSTICO DA REALIDADE – faltou-lhe como uma boa administradora fazer aquilo que nos preocupamos em fazer quando da campanha eleitoral – visitar cada recanto do nosso município para escutar, registrar e sentir os problemas diretamente da boca do povo. Se não o fez antes para construir o seu plano de governo, deveria ter feito nos primeiros cem dias de governo.
ANÁLISE TÉCNICA DOS PROBLEMAS – para cada problema identificado no diagnóstico da realidade, uma análise de profissionais técnicos em suas respectivas áreas e com base no orçamento público anual, definir a estimativa de gastos, ações, prazos e responsáveis, constituindo assim um plano de ação emergencial.
AUDIÊNCIA PÚBLICA – compreendemos que a gestão político-administrativa e financeira dos entes públicos deva efetivar a participação popular, tornando o governo democrático e participativo através de espaços que possibilitem o povo ter vez e voz. Assim, vale dizer que sentimos a falta de uma audiência pública nos primeiros cem dias de governo, envolvendo o povo, os movimentos sociais, os segmentos religiosos, incluem-se aí os de matriz africana, os poderes constituídos e a iniciativa privada, onde seria apresentado o perfil do nosso município, desenhando de modo colaborativo a Cidade que Temos e a Cidade que Queremos.
1º Momento – Prefeita e secretário/as apresentam a partir de documentos (fotos, vídeos, documentos comprobatórios e outros) a realidade encontrada pelo atual governo e abre espaço para que todos/as façam suas considerações e apontem sugestões, contribuindo assim para constituição de um plano de ação emergencial. Importante contar com apoio e participação efetiva dos/as vereadores/as, Ministério Público, religioso-espiritualistas, empresários entre outros.
2º Momento – A prefeita estabelece um prazo para iniciar as ações e apresenta uma proposta de data para realizar uma nova audiência pública de avaliação das ações executadas no Plano de Ação Emergencial.
Compreendemos finalmente que os cem primeiros dias de governo, deveriam ser para que todos/as conhecessem os reais problemas do nosso município.
DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS – Os cargos públicos, principalmente os de chefia, buscando atender a legislação municipal, deverão respeitar os servidores públicos de carreira, aqueles que estão no quadro funcional, independentemente de ter votado neste ou naquele candidato. Deve-se evitar a colocação de pessoas que não residem no município, principalmente aqueles/as que pouco ou nada conhecem da nossa realidade, da mesma forma aqueles/as que não possuem conhecimento técnico.
RESPEITO AOS DIREITOS E DEVERES – O bom/a administrador/a respeita direitos conquistados e garantidos em Lei, ao tempo que cobra de maneira humanizada o cumprimento de deveres, permitindo-se dialogar com os servidores/as municipais, a partir da fundamentação legal e do bom senso.
EXCESSO DE CONTRATOS – qualquer governante que busca no início de seu governo agradar a todos/as, principalmente aos seus/as apoiadores/as de campanha, enchendo-lhes de cargos; poder de expedir portarias; contratando serviços junto aos mesmos para encher seus bolsos e esvaziar os cofres da prefeitura, está fadado ao fracasso e a imputação da lei.
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