Muita gente esperava um resultado muito melhor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em 2012 dado que teve muita ajuda do governo em suas operações para anteder mercados específicos, entre outros fatores. O lucro do banco no ano passado teve uma redução do lucro e também os desembolsos foram menores que os de 2009 e 2010, em termos reais. O lucro líquido, de R$ 8,2 bilhões, foi 9,5% menor que o do ano de 2011, em termos nominais. Se o banco tivesse registrado a desvalorização de ações transferidas pela União, mantidas em caixa, classificadas como disponíveis e consideradas investimentos de longo prazo, a queda teria sido muito maior.
Esse registro foi dispensado por decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) tomada em 27 de dezembro. Se tivesse ocorrido isso, teriam sido retirados cerca de R$ 2,38 bilhões do lucro líquido. Isso levaria a redução de um ano para outro em 35,9%.
Foi no BNDESPar, a subsidiária responsável pelas participações em empresas, onde essas perdas foram mais visíveis. O lucro do BNDESPar caiu de R$ 4,31 bilhões em 2011 para R$ 298 milhões no ano passado, ou seja, uma redução de 93,1%. O valor das ações diminuiu de R$ 89,7 bilhões para R$ 78,2 bilhões.
Não resta dúvida de que o BNDES não tem sido muito feliz na escolha de seus parceiros. Evidentemente que muitas operações do banco não tem como único objetivo a geração de lucro, mas outros resultados como a melhora em algum segmentos ou a reativação da economia em momentos de crises como a que passamos e estamos passando tanto aqui quanto no mercado mundial.
Mas, isso não isenta o banco de ralização de operações que deveriam nunca ter existido, que resultaram em verdadeiros fracassos. Pode-se dizer que isso pode ocorrer em qualquer operação econômica em que envolvem riscos, mas esses devem ser melhor avaliados para que os custos de perdas sejam muito reduzidos.
O BNDES tem que focar de forma clara nas suas funções estratégicas tendo em mente o desenvolvimento e o progresso do Brasil. Financiando o crescimento de setores importantes onde os seus recursos são fundamentais para a melhora de vida de milhões de pessoas. Dar ênfase às pequenas e médias empresas pode ser uma estratégia extremamente útil ao País. Muitas empresas que possuem projetos de investimentos altamente viáveis tecnicamente, mas que não conseguem colocá-los em andamento simplesmente porque não há recursos para financiá-los. Aqui o BNDES poderia ser um salvador e poder viabilizar coisas muito interessantes para o Brasil. Sabemos que ele faz um pouco isso, mas precisa de muito mais.
Em 2012, o banco desembolsou R$ 156 bilhões, no entanto muitos projetos carecem de recursos a custos mais baixos, principalmente os que envolvem pequenas e médias empresas. A imensa maioria dos recursos que o BNDES disponibiliza para o mercado é destinada para as grandes empresas e grupos empresariais.
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