terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Existem muitos médicos no Brasil, mas existem muitas regiões do País onde esse profissional é uma raridade


                                                                            O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou hoje um estudo detalhado sobre a quantidade de médicos no Brasil, além de várias outras informações a respeito desses profissionais tão importantes para a nossa sociedade. Abaixo transcrevo parte do comunicado do CFM publicado em seu site.
Nos últimos 42 anos, o total de médicos no país cresceu 557,7% enquanto que a população em geral aumentou 101,8%; a razão médico/habitante também apresentou crescimento significativo.
O número de médicos em atividade no Brasil chegou a 388.015 em outubro de 2012, segundo registros do Conselho Federal de Medicina (CFM). Com este número, se estabelece em nível nacional uma razão de 2 profissionais por grupo de 1.000 habitantes, confirmando-se assim uma tendência de crescimento exponencial da categoria que já perdura 40 anos.
Entre 1970, quando havia 58.994 profissionais, e o último trimestre de 2012, o número de médicos saltou 557,72%. O percentual é quase seis vezes maior que o do crescimento da população, que em cinco décadas aumentou 101,84% (Gráfico 1). O país nunca teve tantos médicos em atividade, devido a uma combinação de fatores: mantém-se forte a taxa de crescimento do número de profissionais mais rápido que o da população, houve abertura de muitos cursos de medicina, com aumento de novos registros (mais de 4% ao ano), mais entradas que saídas de profissionais do mercado de trabalho, perfil jovem da categoria (baixa média de idade), além de maior longevidade profissional (alta média de anos trabalhados).
 A perspectiva atual é de manutenção dessa curva ascendente. Enquanto a taxa de crescimento populacional reduz sua velocidade, a abertura de escolas médicas e de vagas em cursos já existentes vive um novo boom, o que sugere aumento significativo no volume de médicos a cada ano. Entre outubro de 2011 e outubro de 2012, foram contabilizados 16.227 novos registros profissionais.
Da mesma forma, houve aumento da razão de médicos por habitante. Em 1980, havia 1,15 médico para cada grupo de 1.000 habitantes no país. Essa razão sobe para 1,48, em 1990; para 1,72, no ano de 2000; atinge 1,91; em 2010; e chega a 1,95 médico por 1.000 habitantes no ano seguinte. O mais recente levantamento mostra que essa razão, em 2012, já é de 2/1.000. Desde 1980 (ao longo de 32 anos), houve um aumento de 74% na razão médico habitante.
É possível observar ainda que desde 1940, o segmento dos médicos tem mantido uma linha de crescimento continua e bem superior ao do restante da população. Isso fica evidente na análise dos números absolutos. Em três décadas – entre 1940 e 1970 -, enquanto a população cresceu 129,18%, o número de médicos passou de 20.745 para 58.994, aumento de 184,38%. Nos trinta anos que se seguiram (de 1970 a 2000), o total de médicos chegou a 291.926, um salto de 394,84%, contra um crescimento populacional de 79,44%. Nos últimos dez anos, até 2010, o efetivo de médicos chegou a 364.757, subindo 24,95% em uma década, contra um aumento populacional de 12,48%.

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