Esse dois produtos tiveram um aumento significativo na pauta de nossas exportações, nada menos que 36% a mais do que na safra do ano passado. Infelizmente, a maior parte da produção desses itens está concentrada nos Estados de Mato Grosso, Goiás e Bahia. São áreas bem distantes dos portos, entre 1.000 e 2.300 quilômetros. Essa é uma das nossas maiores dificuldades: a distância no transporte e a carência em muitas áreas em nossa logística. Ao acrescentarmos as exportações de mais de 25 milhões de toneladas de açúcar e a importação de quase vinte milhões de toneladas de matérias-primas para fertilizantes, teremos seriíssimos problemas a enfrentar.
Já se observa de forma clara o resultado da falta de um sistema de transporte adequado para suprir toda a demanda de logística em nosso país. As filas de navios para atracar nos Portos de Santos e de Paranaguá aumentaram muito com relação ao que ocorria há um ou dois anos. O custo médio de um navio parado esperando carga é de US$ 30 mil por dia. Além disso, os custos aumentam muito mais com as estradas péssimas ou um número excessivo de pedágios tornando os transporte do produto até o consumidor final extremamente alto.
Ao mesmo tempo, com o objetivo de “humanizar” o trabalho dos motoristas, foi aprovada a Lei 12.619, que restringe a jornada de trabalho dos caminhoneiros e o tempo de condução dos veículos, diminuiu o número de carretas e caminhões nas estradas do País. Segundo alguns estudos, os fretes de cargas já subiram entre 25% e 50% não somente por causa da lei, mas em razão de diversos outros motivos. Espera-se que com a aprovação da Medida Provisória n.º 595, MP dos Portos, melhore a eficiência nos portos brasileiros além de diminuir os custos.
Não adianta ser eficiente somente na produção, é preciso que o transporte e o embarque, no caso das mercadorias exportadas, tão seja eficiente. O desperdício no transporte em razão das deficiências na logística constitui em uma das maiores preocupações dos empresários e do governo. É preciso agir para não continu
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