terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Lula, CBF e Corinthians deveriam ter vergonha do recurso; Bolívia dá lição ao Brasil



torcida-do-corinthians-briga-entre-si-na-vitoria-sobre-o-fluminense-no-pacaembu-12062011-1307914474950_615x300Em 1985, a UEFA afastou os clubes ingleses das competições na Europa.
Decisão inapelável.
Não cabia recurso.
O Liverpool foi banido para sempre. Depois a pena caiu para 10 anos, depois 6. Todos os outros clubes ficaram 5 anos fora. A violência dos hooligans continuou até 89, mas aí só na Inglaterra. Os países europeus não queriam mais recebê-los em seus estádios.
Foi o primeiro passo.
Alguns reclamaram, não aceitaram serem punidos pela tragédia causada pelo Liverpool. O presidente da Liga, Jack Dunnett disse: “It is unfair to punish clubs which had nothing to do with the Brussels tragedy”.
Faz sentido, mas algo mais importante e radical precisava ser feito contra a violência.
O secretário geral da FA – Football Association, Ted Croker deu apoio: “There are many of us who don’t want to see us back in Europe until we have got our own house in order.”
Era preciso colocar ordem na casa.
Margaret Tatcher acabou com a discussão, apoiando a decisão: “We have to get the game cleaned up from this hooliganism at home and then perhaps we shall be able to go overseas again”.
Brilhante.
Lulla poderia seguir o exemplo. Assim como Fidel, Lula continua mandando no país, tem grande influência, corinthiano ilustre, conseguiu um estádio para o clube com o amigo Emílio Odebrecht, o ex-presidente não pode ignorar a situação, dizer que não viu ou ouviu que nos últimos dez anos mais de 50 pessoas morreram no futebol brasileiro.
E nada, nada, nada, foi feito.
O Brasil continua sendo o país da impunidade.
Marin e Del Nero não contam, são péssimos exemplos. Não dá para esperar nada destes dirigentes. Basta lembrar que o maior número de mortes acontece em São Paulo, onde o futebol é regido pela incompetente Federação Paulista.
O Corinthians trabalha 24 horas nos bastidores para mudar a decisão da Conmebol.
As teses da defesa da Gaviões são lamentáveis.
Vergonha.
Ninguém está interessado em fazer algo contra a violência. Desde de 1988 mais de 155 torcedores foram mortos no Brasil. Agora estamos exportando mortes. E ainda tem gente achando um absurdo jogar três partidas sem público. TRÊS PARTIDAS X UMA MORTE.
Fala sério.
E o recurso será julgado EM dois meses, ou seja dá para liberar os outros dois jogos.
Luis Sveiter deixou vários estádios vazios por muito menos.
O correto seria jogar todo o torneio sem torcida.
Estamos tão acostumados com a impunidade que esperamos a cada momento uma mudança na decisão da Conmebol. Ridículo. No Brasil nem o cartão vermelho funciona, aqui cabe efeito suspensivo. É tudo pela impunidade.
Ladrões do mensalão estão soltos, assassinos sanguinários estão soltos….
A Bolívia está dando uma lição no Brasil.
Aqui 155 mortes, números crescendo a cada ano e nada acontece.
Lá até os cúmplices estão presos.
Parabéns.

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