O governador Sergio Cabral é, segundo ele próprio, uma vítima da “perseguição ao seu mandato”. No final da tarde deste domingo 7, ele utilizou sua conta no Twitter para negar que tivesse feito “uso pessoal” do helicóptero de R$ 15 milhões, comprado pelo Estado em 2011, por sua determinação pessoal. Com alta frequência nos finais de semana, a aeronave do governo do Rio vinha sendo utilizada para o transporte não apenas da família Cabral à sua casa de praia em Mangaratiba, mas também de babás, amigos dos filhos do governador, um cabelereireiro, um médico, pranchas de surfe e o cãozinho Juquinha, de estimação do clã.
“Não procede a informação de utilização pessoal do helicóptero do Estado”, escreveu Cabral, pouco depois das 17 horas, sem, no entanto, enfrentar uma a uma as acusações. Por exemplo: carregou-se no helicóptero o cabeleireiro da primeira-dama? Uma Babá voou Rio-Mangaratiba-Rio, no aparelho oficial, apenas para buscar uma muda de roupa esquecida pela família? E a prancha de surfe, coube direitinho na cabine ou viajou apertada?
Por Cabral, nada ose sabe. Apenas que ele “encara como uma perseguição ao seu mandato informações que soem como “denúncias” qto ao uso de aeronaves”. Nada mais que isso.
Procurando se colocar na posição de vítima, o político do PMDB atirou para todos os lados em nova postagem, afirmando que “todos os governadores dispõem de frotas de helicópteros, alguns dispõem até de frotas de aviões – o que não é o caso do RJ”.
Procurando se colocar na posição de vítima, o político do PMDB atirou para todos os lados em nova postagem, afirmando que “todos os governadores dispõem de frotas de helicópteros, alguns dispõem até de frotas de aviões – o que não é o caso do RJ”.
Certamente, com essa última tuitada, Cabral quis dizer que o Rio de Janeiro (RJ) é um Estado com menos mordomias que outros. Um exemplo de bons costumes administrativos, apesar de, por força de um decreto do próprio Cabral, não divulgue uma série de gastos do Gabinete do Governador.
Com as ruas próximas ao apartamento em que vive no Leblon, na zona sul do Rio, cercado por policiais militares, que impedem a chegada de novas ondas de manifestantes, Cabral está no auge de seu isolamento político. Não será com algumas tuitadas, ainda mais quando vazias de conteúdo, que ele vai conseguir impedir as consequências graves de seus atos.
Do 247
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