O homem vem realizando maravilhas no campo de todas as ciências, mas na arte da política, a de governar, vem marcando passo até hoje, apenas um pouco melhor do que há três milênios — confessou John Adams, segundo presidente norte-americano.
No ramo da matemática aplicada, a teoria dos jogos tem sido utilizada pelos estrategistas de campanhas políticas para estabelecer modelos que aperfeiçoem as ações dos jogadores envolvidos numa disputa eleitoral.
Nos recentes cenários das eleições presidenciais de 2014, os cientistas sociais — sociólogos — fazem previsões estarrecedoras ao decretar no momento a morte súbita da presidenta Dilma Rousseff. Blefam quando esquecem em suas análises que os índices de aprovações da presidenta batiam recordes antes dos fenômenos sazonais das manifestações autônomas dos jovens que tomaram conta das ruas no país.
Não dizem que, até pouco tempo atrás, os economistas que quebraram o Brasil na década de 80, como Delfim Neto e Mailson da Nóbrega, não têm receitas milagrosas para propor reformas que coloquem o Brasil num ambiente de negócios competitivos — “doing business” — ,comparado com os países da Aliança do Pacífico — México, Chile, Colômbia e Peru —, que eliminaram 85% das barreiras alfandegárias de seus produtos.
Não dizem que a taxa de juros de 8,5% é a mais baixa dos últimos 30 anos e que os economistas que pregam arrocho monetário ortodoxo querem aumentar a taxa de desemprego para reduzir o consumo e criar um ambiente de incertezas nos segmentos das camadas mais pobres da população.
A presidenta tem que fazer reformas como cortar ministérios, substituir a equipe econômica e intervir no BNDES, que virou um tabuleiro de negócios de interesses do empresariado paulista. Se fizer reformas, e aí…?
Wilson Diniz, economista e analista político
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