O Ministro Joaquim Barbosa não pode ser crucificado antes que tenha o direito de explicar as informações – que explodiram na rede, mas não nos jornais impressos, hoje.
Sua Excelência talvez não tivesse o domínio do fato, ou das consequências do fato, de usar uma passagem paga com o dinheiro público para um final de semana no Rio. Talvez isso seja legal, afinal de contas.
Igualmente, o Dr. Barbosa pode não ter se dado conta de que assistir o jogo no camarote dos globais Luciano Huck e Angélica -será que era pessoal ou da emissora? – possa ser compreendido como uma intimidade pouco recomendável ao presidente de um Poder da República, ainda mais quando este dá lições – justas – de austeridade a torto e a direito.
O argumento de que seu filho é contratado de Huck é pequeno, perto disso. E aliás, o Dr. Barbosa é habitué do camarote, no qual já assistiu ao amistoso Brasil e Inglaterra, na reabertura do Maracanã, como você vê na foto do UOL.
Afinal, o Dr. Barbosa não é chegado a mordomias, com toda a razão, não é?
Sobretudo, talvez o Dr. Barbosa não tenha previsto que ele próprio pudesse ser vítima de uma acusação lançada assim ao país, como fato indominável, sem direito de uma explicação ou análise ponderada.
Ou que não creia na famosa cítara jurídica de que a honra é como um baú de penas que, aberto ao vento, não há como reparar.
Ou daquela outra, sobre a mulher de César.
Por Fernando Brito
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