sexta-feira, 5 de julho de 2013

Carlos Amorim pede apoio do Governo e da AL para evitar conflito de terras


O deputado Carlos Amorim (PDT), na sessão desta quinta-feira (04), após receber um telefonema do presidente da Associação da Comissão Permanente em Defesas dos Proprietários e Agricultores de São João do Carú, Arnaldo Lacerda, denunciou o possível início de conflito entre índios e proprietário de terras daquele município.
Segundo o parlamentar, agentes da Funai estariam entrando nas terras particulares com o intuito de ampliar a reserva indígena, composta por 35 famílias de índios. Carlinhos Amorim fez um apelo ao governo do Estado e à Assembleia Legislativa para formarem comissões para se deslocarem ao local para conversar com as partes e assim evitar um conflito maior.
“É um problema social sério que, lamentavelmente, o Governo do Estado ainda não interviu. Nós já fizemos um apelo à governadora Roseana Sarney, para que determine o deslocamento de um secretário afinado com o assunto para conversar com as partes e inteirar-se do que está acontecendo para que não haja esse conflito que está na eminência de acontecer. No nosso entendimento, esse conflito é evitável e desnecessário”, disse o deputado. Em apartes, os deputados Neto Evangelista (PSDB) e André Fufuca (PSD) também defenderam a junção de esforços do governo do Estado e do legislativo estadual para evitar o conflito entre os índios e os proprietários de terras. Neto Evangelista lembrou da audiência pública ocorrida na Assembleia Legislativa que tratou da demarcação das terras indígenas e onde foi destacado a ocupação de forças do Exército naquela região de São João do Caru e Zé Doca.
O parlamentar se prontificou a entrar em contato com o juiz Madeira, do TRF- que é o responsável por esta execução-, porque segundo ele, havia um acordo de que nenhuma força militar iria entrar naquele espaço sem que antes fosse conversado com a Assembleia Legislativa. André Fufuca disse acreditar existir outros meios para solucionar o problema. “O que não pode é querer tirar as pessoas que moram na região há quase 60 anos. Ele disse que há pessoas ali que deram a vida por sua terra. “Nós vimos o testemunho de muitos donos de terras dizerem que pegariam até em armas, se fosse o caso, para evitar sair de suas terras. Então, mais uma vez, me junto para lutarmos contra a expulsão dos proprietários”, afirmou o parlamentar, se colocando à disposição – como presidente da Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional - juntamente com a Comissão de Direitos Humanos, para formar uma comissão e ir o mais rápido possível àquela região.

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