terça-feira, 9 de julho de 2013

Aécio Neves critica fortemente o governo e apresenta propostas de reforma política

O senador Aécio Neves apresentou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira 9, um projeto de reforma política do PSDB focado em seis temas, com regras que valeriam apenas para 2018. Os seis temas são: voto distrital, fim das coligações proporcionais, suplência de senador, cláusula de desempenho, contabilidade do tempo de TV de acordo com chapas majoritárias e o fim da releição, com mandatos de cinco anos para cargos do Executivo. Segundo o parlamentar, que falou na sede da Executiva Nacional do partido, em Brasília, as propostas são “uma contribuição objetiva para o debate” da reforma política.
O tucano afirmou que até agora, a presidente Dilma Rousseff não veio a público “para assumir responsabilidade pelos problemas do País e pelos equívocos do governo”. Ele também cobrou da chefe do Executivo uma opinião sobre a reforma política proposta pelo PT, que tentou votar a matéria no Congresso, mas não conseguiu acordo. “Com 10 anos de governo de PT, seria interessante que Dilma manifestasse sua opinião sobre a reforma política proposta por seu partido”, disse o pré-candidato do PSDB à presidência da República.
Aécio critica Programa Mais Médicos
O Programa Mais Médicos, anunciado nesta segunda-feira 8 pelo governo federal, também foi alvo de críticas do senador, que chamou a medida de “paliativa e marqueteira”. Segundo ele, a proposta de Dilma para os estudantes de medicina – aumentar a duração do curso de seis para oito anos, com dois deles sendo de atuação no SUS – só valera para 2023. “Vai esperar até lá para melhorar o sistema de saúde?”, criticou.
Aécio disse ainda que a área da Saúde “não é prioridade para o governo do PT. Faltam sensibilidade e gestão de qualidade”. Segundo ele, ”assistimos mais uma vez no Brasil ao governo do improviso”. Quanto à contratação de médicos estrangeiros para trabalharem no Brasil, uma das propostas do programa do governo federal, Aécio diz ser “fundamental que se exija o revalida dos médicos estrangeiros” e que “não podemos fazer a população de cobaia”. O senador ressaltou que a área “exige investimento e gestão”.
BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo Aécio Neves, “entrou numa ciranda que tem o objetivo de alcançar a contabilidade criativa”. O tucano solicitou ao Banco informações sobre algumas de suas operações, “além dos estranhos investimentos no exterior”. Aécio concluiu a coletiva afirmando que “há um sentimento contra o sistema político como um todo” e que “cabe a nós fazermos o que estamos fazendo aqui: apresentar propostas”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário