Em meio ao escândalo do chamado propinoduto, tucanos citados no suposto esquema de cartel em contratos do metrô partiram para o ataque. Segundo caso denunciado pela Siemens, empresas fornecedoras de equipamentos e de serviços em trens e metrô nas gestões Mario Covas, José Serra e Geraldo Alckmin superfaturaram R$ 577 milhões, o equivalente a 30% a mais do que os governos pagariam se não houvesse esquema.
O governador Geraldo Alckmin acusou o governo federal de complô e disse que o vazamento de investigações de documentos em posse do Cade está causando prejuízos às pessoas e enxovalhando até um homem de honra como o Mário Covas (Leia aqui).
Por sua vez, o ex-governador José Serra negou, em entrevista à Rádio Gaúcha, envolvimento e participação no esquema. “Tudo que eu quero é saber quais eram os entendimentos desses cartéis e que eles devolvam o dinheiro”, declarou. “Isso não é uma coisa com o governo. Em nenhum momento, nem no Covas, nem no Alckmin, nem no meu [governo] foi dada qualquer autorização para que os fornecedores se entendessem a respeito de preço”, garantiu.
Segundo Serra, o Cade é “um organismo de Brasília, que é do governo do PT” e “não apresentou os documentos, vazou por baixo”. “Você não tem condição de controlar o que as empresas que participam numa concorrência conversam entre si. Se o Cade descobriu, está ótimo, foi uma lesão ao estado e vão pedir o dinheiro de volta. Só isso”. Depois, o ex-governador desconversou e passou a atacar o governo Dilma Rousseff, que segundo ele “é muito fraco e não governa”.
Do 247
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