Escravos de Jó é uma brincadeira infantil. Todos conhecem. Por isso é fácil e sem maiores delongas comparar o governo Dilma Rousseff com uma brincadeira. O governo põe. Tira. Deixa ficar. Tira de novo – e assim vai, ziguezagueando, em busca de um rumo, atirando ao esmo, exigindo os limites máximos da paciência nacional.
Governar, que um dia já foi na palavra de Washington Luis, abrir estradas, hoje é a capacidade de gerenciar os recursos e suas ausências públicas em favor do bem comum através de políticas públicas estudadas, planejadas, anunciadas e executadas com competência e precisão cirúrgica no trato da coisa pública.
No governo Lulilma isso tudo é zombaria. Vale o anúncio , o discurso, a propaganda, mesmo que se recue daqui a pouco, mesmo que ao se espremer o conteúdo das medidas saia o mesmo de sempre : ar vazio, corrupção, desmandos, falácias, acusações ao vento e teorias da conspiração. Esse é o Brasil da era Lulilma.
Dilma anunciou plebiscito. Recuou. Anunciou Consulta Popular. Recuou. Anunciou medidas profiláticas na gestão pública – e nem precisou recuar porque não começou. Anunciou mexidas impensadas na medicina. Recuou. Anunciou portaria para tratamento de mudança de sexo. Recuou.
E por aí afora, tantos são os exemplos recentes de um governo que corre como barata tonta dentro do galinheiro, fugindo das bicadas e sem saber o que fazer.
Outra brincadeira do governo Lulilma: a governanta decidiu tirar o transporte urbano do cálculo de dívidas do governo. Visa desafogar as contas e ajudar na recuperação do crescimento econômico e aplacar o clamor das ruas por melhorias nos serviços de transportes públicos, segundo o Estadão noticiou.
Esse governo tem sido “expert” em manipular orçamento para melhorar as contas públicas. Achou nova maneira se sair bem na foto: com fotoshop, manipulação que elimina as celulites que continuam a existir.
Lembra a piada besta do cidadão que flagra a mulher com outro no sofá da sala e decide o assunto vendendo o sofá. É um governo especializado em vender o sofá .
Enquanto isso, o TCU indica que descobriu fraudes, desvios, em 73% dos convênios no repasse verbas da educação para a compra de material escolar para a rede pública… Quem tem Mantega ou Mercadante, não precisa de mais ninguém. O modo lulilma de governar continua o mesmo. Não mudou nem vai mudar.
Não vão atender ao pedido de moralização, de decência, de dignidade. Por motivos óbvios. Sabem ser apenas agentes do marketing eleitoral. Enganar a população mais pobre comprando-a com esmolas chamadas bolsas. Criando sua dependência eterna. E iludir a classe média com um volume incansável de propaganda sem consistência prática, paga com dinheiro público. Usam o dinheiro de todos para se perpetuarem no poder. Vão tentar. Não vão conseguir.
Comecei hoje com uma brincadeira popular. Termino com uma canção popular, que diz, na voz de Zé Geraldo : “Tudo isto acontecendo e eu aqui na praça, dando milhos aos pombos…” De volta às ruas, Brasil, sem violência, para dizer que ninguém mais é bobo. Não vamos ficar jogando milho aos pombos enquanto nos enganam.
Por Paulo Saab, jornalista
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