Adolescentes estavam sumidos desde o dia 19, em Aparecida de Goiânia.
Garota de 15 anos continua desaparecida; polícia investiga o caso.
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| Ao lado do pai de Neylor Carneiro, jovens lamentam a morte do amigo (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
Familiares e amigos dos três jovens encontrados mortos na segunda-feira (26), no Parque da Serra das Areias, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, estão chocadas com o crime. Eles afirmam que os adolescentes não tinham indícios de comportamento violento ou envolvimento com drogas. “Não sei por que fizeram uma barbaridade, uma covardia tão grande como a que fizeram com esses meninos”, disse ao G1 Fábio Almeida, pai de uma das vítimas.
Além do filho dele, Neylor Henrique Gomes Carneiro, de 18 anos, foram encontradas mortas Raissa de Souza Ferreira e de Daniele Gomes da Silva, ambas de 15 anos. Todos frequentavam a mesma escola e desapareceram no dia 19 deste mês junto com outros dois amigos. Um deles, Denis Pereira dos Santos, de 16 anos, já havia sido achado morto no mesmo dia em que o grupo sumiu. Uma adolescente de 15 anos ainda está desaparecida. A polícia investiga as circunstâncias das mortes.
“A gente vê isso acontecer na família dos outros, mas nunca esperei que ia acontecer na minha", desabafa Fábio Almeida. Segundo a família, quando o adolescente foi visto pela última vez, disse que ia a um córrego com Denis Pereira dos Santos, o primeiro jovem achado morto na Serra das Areias.
Um dos amigos do rapaz diz ainda que, às vésperas de desaparecer, Neylor pediu para ir à igreja, um fato que Lucas Nascimento considerou inusitado. “Foi uma coisa muito forte e inesperada. Parece que Deus chamou ele para se arrepender do que tava fazendo”, lembra. O amigo relata ainda que, apesar de não usar drogas ou álcool, o garoto vinha tendo problemas de relacionamento com a namorada e os pais.
Para Maria do Carmo Pereira, mãe de Daniele Gomes da Silva, de 15 anos, o crime também era impensável. “Minha filha, maravilhosa, meiga, carinhosa, uma menina que era solidária com todo mundo. Eu nem pensava de ter um fim desses”, afirma Maria do Carmo.
Além da ânsia por uma explicação, as famílias relatam que estão com medo. A mãe de uma das garotas, que não quis se identificar, afirma que vai pedir proteção à polícia. “Quem matou está vivo e solto. A gente quer que alguém faça alguma coisa”, diz.
O crime abalou também a comunidade. Na escola onde os jovens estudavam, o Colégio Estadual José Bonifácio da Silva, no Residencial Campos Elíseos, foi decretado luto e as aulas estão suspensas.
Investigação
Um dos adolescentes que estavam desaparecidos, Denis Pereira dos Santos foi localizado no mesmo dia em que o grupo sumiu, com um tiro na nuca, na Serra das Areias, que é uma área de preservação. Segundo o delegado que investiga o caso, o titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Kleber Toledo, desde então, a Polícia Civil já investigava o caso tendo como linha principal a hipótese de que os outros jovens também estivessem mortos.
Um dos adolescentes que estavam desaparecidos, Denis Pereira dos Santos foi localizado no mesmo dia em que o grupo sumiu, com um tiro na nuca, na Serra das Areias, que é uma área de preservação. Segundo o delegado que investiga o caso, o titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), Kleber Toledo, desde então, a Polícia Civil já investigava o caso tendo como linha principal a hipótese de que os outros jovens também estivessem mortos.
Na última segunda-feira (26), quando os corpos de três adolescentes foram encontrados carbonizados em outro ponto da Serra, a polícia suspeitou que as vítimas pertenciam ao grupo de desaparecidos. Por meio das roupas, as famílias identificaram os corpos como sendo Neylor, Daniele e Raissa de Souza Ferreira, que também tem 15 anos.
Segundo o delegado, os corpos estavam em estado avançado de decomposição. A polícia afirma que não é possível dizer como os corpos foram carbonizados propositalmente, já que a Serra das Areias foi atingida por dois incêndios desde o dia 19. "Pode ser que a morte ocorreu anterior ao incêndio e que tenham sido carbonizados assim, ou que o autor do crime colocou fogo nos corpos e o incêndio expandiu para a mata", afirma Toledo.
Outra adolescente de 15 anos permanece desaparecida. Em depoimento à Polícia Civil, a família da jovem afirmou que, após sumir, ela ainda teria entrado em contato com os pais. A adolescente teria dito que estava em Piracanjuba, no sul do estado. Segundo o delegado, a polícia segue tentando localizá-la porque a garota pode trazer informações relevantes para solucionar caso.
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