segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O preço da banda larga no Brasil é o mais caro da América Latina

O preço da banda larga móvel no Brasil vem crescendo nos últimos anos e se tornou o mais caro da América Latina, em um movimento contrário à tendência de queda nos preços observada em vários países da região. Segundo pesquisa divulgada ontem pela GSMA (associação internacional das companhias de telecomunicações), o preço médio da conexão custa cerca de US$ 32 (R$ 73,80) no Brasil, mais do que o dobro da média na região, de US$ 15,60 (R$ 36).
Um dos levantamentos foi feito com planos para modems com franquia de pelo menos 1 Gigabyte (GB). O valor ficou 46% mais caro no Brasil entre 2012 e 2013. No mesmo intervalo, caiu de preços em países como a Argentina, de US$ 26,08 para US$ 17,32, Chile (de US$ 32,27 para US$ 20,97) e até Bolívia, onde os preços recuaram de US$ 14,18 para US$ 7,13 em um ano.
A pedido da GSMA, a Telecom Advisory Services comparou os preços dos pacotes mais econômicos de internet móvel para modems e celulares em 16 países da América Latina. Ao tabular a evolução dos valores ao longo de 2010 e 2013, os pesquisadores constataram que a região presenciou uma queda na média dos preços cobrados pelos pacotes. Porém, na contramão da tendência nos países latinos, os preços cobrados no Brasil não só cresceram como fizeram do país o mais caro em duas das três categorias de serviço analisadas.
O país também é campeão de preço em pacotes de banda larga para celulares com franquia de pelo menos 1 GB, com preços de US$ 24,70 (R$ 57), enquanto a média na região é de US$ 14,44 (R$ 33,20).
Nessas categorias, o país não estava nem perto de ser o mais caro na região em 2010, quando o preço da banda larga para modems no Brasil era apenas o oitavo mais caro e, para smartphones, chegava a ser o quarto mais barato.
Desde então, os preços para modens caíram 25% entre os latinos, enquanto no Brasil dispararam 66%. Já os valores dos pacotes para smartphones despencaram quase 60% na região, enquanto os serviços no Brasil ficaram 28% mais caros. Segundo a pesquisa, o acréscimo de competitividade na região foi o fator que derrubou os preços.

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