A pesquisa foi realizada na semana passada com 2.360 agentes da Polícia Federal de todo o País e apresenta um quadro desolador. Entre os dias 06 e 11 deste mês, a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) enviou mensagens eletrônicas individualizadas e criptografadas para os agentes com questões sobre o ambiente organizacional na sua base de sindicalizados e obteve respostas desanimadoras.
Quando questionados sobre se estão felizes trabalhando na PF, quase 87% do agentes responderam que não. Aliás, se pudessem trabalhar em outro órgão federal, com a mesma remuneração e regime jurídico, 68% deles iriam (veja mais números da pesquisa). A Fenapef se diz preocupada com os alarmantes índices de doenças psíquicas, desmotivação, e até suicídios na grande base de agentes, escrivães e papiloscopistas, policiais federais de nível superior desde 1996.
O resultado da pesquisa foi considerado surpreendente, e “se revela como sintoma de uma péssima gestão de recursos humanos, que privilegia somente os cargos de delegado e perito, enquanto segrega as demais categorias dos cargos de chefia e das oportunidades de crescimento e reconhecimento profissional”, segundo a entidade.
A margem de erro do resultado da pesquisa em relação a todo efetivo de agentes, escrivães e papiloscopistas é de 2%. “E os dados são incontestáveis, refletem um ambiente de trabalho doente, e serão comunicados oficialmente aos órgãos responsáveis”, diz a Fenapef. “A pesquisa comprova que a Polícia Federal e seus péssimos gestores transformaram o sonho profissional de milhares de brasileiros num terrível pesadelo”, critica a entidade, segundo a qual o contexto explica por que mais de 250 policiais federais deixam a PF anualmente em busca de carreiras mais valorizadas.
Do 247
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