sábado, 16 de fevereiro de 2013

Há necessidade do Brasil aumentar significativamente os investimentos para poder crescer de verdade


                                                                          Com um dos menores níveis de desemprego de toda sua história e com muitas dificuldades em praticamente todos os tipos de infraestrutura, somente por meio de um forte aumento nos investimentos seria possível ter taxas de crescimento da economia em níveis que todos nós desejamos. O governo fica surpreendido com taxas baixas de crescimento verificadas nos últimos anos, mas as condições verdadeiras para o brasil crescer de forma substancial, segura e sem incorrer em desequilíbrios com consequências sérias para a inflação não estão dadas. É preço agir para não ficar nessa de crescer bem um ano ou dois e crescer muito pouco em dois ou três anos.
Atualmente, o Brasil é o país considerado emergente que menos tem crescido. Até mesmo no Continente Americano, o nosso País está entre os que menos cresceram nos últimos dois anos. Para quem quer almejar o posto de economia rica e tem uma economia com o perfil da brasileira, com taxa de crescimento de um por cento ano não irá conseguir esse objetivo por muitas gerações.
É claro que esse mau desempenho da economia brasileira não se deve somente aos acontecimentos da economia mundial, mas, sobretudo, ao esgotamento de um modelo de política econômica baseado quase que exclusivamente na expansão da demanda. É verde que o Brasil elevou ao dobro o crescimento médio do seu PIB a partir de 2004 tendo como suporte o aumento de consumo nacional e de demanda externa por matérias-primas, usando mão de obra e infraestrutura ociosas.
Na atual situação em que se encontra, o Brasil tem que elevar a sua capacidade instalada além elevar os investimentos em inovações, portos, retroportos  meios de transportes, tanto urbano quanto rodoviário e ferroviário, energia de todos o tipos. Enfim, é necessário que existam condições reais de crescer substancialmente sem gerar desiquilíbrio  As políticas que impulsionam o crescimento por meio do aumento da demanda somente são eficazes no curto prazo, para o médio e longo prazos necessariamente é preciso de outras políticas que passam pela elevação em formação de capital produtivos ou meios que possibilitem o seu funcionamento.
Com investimento produtivo que não chega a 19% do PIB o Brasil está muito longe de construir condições que proporcione um crescimento da sua economia de 7 ou 8% ao ano. Quando muito consegue 3 ou 4%, mas de forma excepcional. Pode até crescer mais que isso, mas em razão de políticas de incentivo à demanda que não dura mais de dois ou três anos. Para se ter uma ideia de tão baixo é o nível de nosso investimento basta citar países como Chile, China, Colômbia que investem mais de 30% do PIB por ano .
Para reativar as taxas de crescimento que estão ainda muito paradas, quase próximas de zero, o governo tem tentado muitas ações, mas, pelos resultados até agora apresentados, os efeitos estão sendo muito acanhados. Diminuir as tarifas de energia elétrica é um objetivo louvável, entretanto seria muito importante se também tivesse levado as empresas a aumentarem os seus investimentos e, com isso, elevar e melhorar a nossa infraestrutura na parte de oferta de energia.
Na área monetária o governo deve ter muito cuidado para não perder o controle da inflação. Todos os brasileiros precisam de ter taxas de juros baixas, dignas de países civilizados, mas ao mesmo tempo não podemos incorrer em aumento generalizados de preços. Ficamos muito tempo nessa situação, saímos dela com muito esforços e a um custo extremamente alto e não queremos nunca mais voltar ter aumento de preços nos níveis existentes naquela época.

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