segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Polícia prende dono de boate e integrantes de banda após incêndio


A Polícia Civil prendeu na manhã desta segunda-feira três suspeitos pelo incêndio que atingiu a boate Kiss, em Santa Maria (RS), na madrugada de ontem. As prisões acontecem em cumprimento ao mandado de prisão temporária decretada pelo juiz Régis Adil Bertolini.
O delegado Sandro Meiner não informou o nome dos presos, mas a Folha apurou que são um dos donos da boate e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que se apresentava no momento em que o fogo começou. Uma prisão aconteceu na cidade de Cruz Alta e outras duas em Mata.
Um quarto mandado de prisão também foi expedido, mas não foi informado contra quem. Segundo a polícia, o suspeito está fora da cidade. "As prisões são para possibilitar as investigações dos fatos em todas as suas nuances", afirmou o delegado.
Ao todo, 231 pessoas morreram no incêndio em uma das principais casas noturnas da cidade, famosa por receber estudantes universitários. Segundo a Defesa Civil, o fogo começou na espuma de isolamento acústico quando um dos integrantes da banda que se apresentava acendeu um sinalizador, que atingiu o teto.
O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, informou que o plano de combate a incêndio da casa está vencido desde agosto de 2012. Já a Polícia Civil afirmou que a casa estava com o alvará de funcionamento vencido também desde o ano passado, mas estava em processo de renovação.
Ao todo, 82 pessoas permanecem internadas em hospitais em Santa Maria e outras 39 foram transferidas para Porto Alegre. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, 20% dos feridos tiveram queimaduras consideradas graves, que correspondem a mais de 30% do corpo. A maioria sofreu intoxicação respiratória.

Incêndio em casa noturna no RS

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Ricardo Moraes - 27.dez.13/Reuters
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Corpos de vítimas de incêndio em casa noturna são velados em ginásio de Santa Maria, no RS
FATALIDADE
A direção da boate Kiss divulgou uma nota ontem afirmando que a casa estava dentro da normalidade e creditou o incêndio que matou 231 pessoas a uma "fatalidade". A maior parte das vítimas morreu por asfixia e mais de cem pessoas também ficaram feridas.
"Lamentamos sinceramente a extensão da tragédia que excedeu a toda a normalidade e previsibilidade de qualquer atividade empresarial, creditando o terrível acontecimento a uma fatalidade que somente Deus tem condições de levar o consolo e o conforto espiritual que desejamos a todos os familiares e ao povo santa-mariense, gaúcho e brasileiro", diz a nota.
O secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, informou que o plano de combate a incêndio da casa está vencido desde agosto de 2012. Já a Polícia Civil afirmou que a casa estava com o alvará de funcionamento vencido também desde o ano passado, mas estava em processo de renovação.

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