As perspectivas para o ano de 2013 para a economia brasileira são muito boas, notadamente no que se refere ao crescimento. Com a economia crescendo, principalmente na produção de produtos tem-se boa perspectivas para o restante de economia de da sociedade como um todo. É verdade que temos muitos problemas a ser enfrentados como a luta contra a inflação que poderá sofrer um aumento neste primeiro semestre, teremos condições de crescermos até mais do muitos analistas e instituições estão dizendo por aí. A indústria e, principalmente, o setor agrícola terão um ano bastante promissor no que se refere ao crescimento.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o aumento no valor bruto da produção agropecuária deverá ser de 18,2% neste ano, com um salto de R$ 380 bilhões para R$ 450 bilhões. A maioria dos especialistas do setor e de consultorias econômicas aposta que a agricultura e a agropecuária sairão da recessão do ano passado e puxarão o crescimento da economia em 2013. A estimativa é que a taxa de crescimento do PIB agrícola neste ano fique em torno de 5,4.
De acordo com a CONAB e o IBGE, as perspectivas oficiais para 2013 já haviam indicado recordes nas safras de grãos e oleaginosas, com aumentos entre 8,6% e 9,9%, respectivamente. Com isso, cria-se uma expectativa muito boa para o aumento das exportações, notadamente com a retomada também do crescimento da economia em muitas outras economias. No ano passado, mesmo com os preços baixos e várias economias importadoras de alimentos crescendo menos, o setor do agronegócio gerou exportações de US$ 95,8 bilhões e superávit comercial de US$ 79,4 bilhões. A CNA projeta um cenário para 2013 muito mais favorável nessa área.
A soja gerou um valor bruto de produção de R$ 69 bilhões, em 2012, e são previstos R$ 105 bilhões para 2013, ou seja, os produtores terão mais R$ 36 bilhões de aumento em suas rendas. O valor da produção de cana-de-açúcar deverá crescer de R$ 42,8 bilhões para R$ 48,5 bilhões, mais R$ 5,7 bilhões. E, no caso do milho, com a mesma quantidade produzida em 2012 e 2013, o valor da produção crescerá R$ 5,4 bilhões, de R$ 35 bilhões para R$ 40,4 bilhões. A dinâmica dessas culturas fazem com que a produtividade seja sempre crescente o que faz com que o aumento da produção não seja acompanhado na mesma proporção no aumento dos custos. Isso contribui para o controle da inflação.
Apesar de outros itens que compõem os preços da economia devam aumentar, principalmente os itens pertencentes ao grupo de serviços, a maiorias dos produtos relacionados com a agricultura e com a agropecuária contribuirão para que os preços gerais da economia fiquem sob controle neste ano de 2013. Mesmo com o setor sendo uma parte menor da fatia do PIB brasileiro, puxará os outros setores como a indústria e alguns serviços que puxados pelo campo também crescerão muito mais do que no ano passado.
Na pecuária, o valor da produção deverá crescer 7%, de R$ 137 bilhões para R$ 146,5 bilhões. Será um reequilíbrio, depois dos maus resultados do ano passado. Preços favoráveis na agropecuária ajudam as exportações, evitando que se acentue o declínio do superávit da balança comercial (que foi de apenas US$ 19,4 bilhões, em 2012, inferior em US$ 10,4 bilhões ao de 2011). A recuperação da China dará maior estímulo às vendas externas, mas, além disso, a demanda de alimentos tende a crescer de forma generalizada.
Esperamos que os grandes projetos de investimentos da indústria se concretizem e transforme a nossa economia em crescimento pelo menos próximo ao que é verificado nas economias com o mesmo perfil da nossa. Os pessimistas crêem em crescimento abaixo de 3% para o PIB do Brasil em 2013. A opinião média dos especialistas é que o Brasil deva crescer em torno de 3,2%. Mas, sem nenhum exagero, o Brasil tem todas a condições de crescer mais de 4% neste ano. Ficando nesse patamar estará bom para o povo. Sabemos que o Banco Central não deixará a inflação subir além do limite da meta. Assim, poderemos ter um crescimento razoável do PIB com a inflação controlada.
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