Logo após o jornal LANCE!, em sua edição do Rio de Janeiro, realmente ter publicado na capa uma provocação de gosto duvidoso e desnecessária ao dizer “Chupa Corinthians !”, num assunto referente ao Vasco da Gama, a diretoria do Timão, fomentada pela reação dos torcedores, respondeu oficialmente em seu site.
Primeiro falou algumas “verdades”, que, na verdade, mascaram a real negociação ocorrida durante a semana com Dedé.
“O Sport Club Corinthians Paulista não fez nenhuma proposta oficial pelo defensor do Vasco”, diz um dos trechos, arrematando com“Nenhum dirigente do clube paulista entrou em contato com cartolas cariocas sobre o tema.”
Ao pé da letra, a impressão que fica é de não terem negociado com o jogador.
Negociaram, mas foram espertos ao dizerem não terem tratado com cartolas cariocas.
Na verdade, as tratativas foram feitas com um cartola gaúcho, Fernando Carvalho, detentor, até então de 45% do jogador.
Mas nada foi mais direta do que as ameaças dos dirigentes alvinegros aos editores e donos do jornal LANCE !, escancarando uma prática da qual somos absolutamente contrários, ou seja, parceria comercial entre noticiador e noticiado.
Matéria esta levantada por nosso blog, tempos atrás, e rebatida por diversos jornalistas do periódico, até com alguma agressividade, em suas mídias sociais.
http://blogdopaulinho.wordpress.com/2012/02/15/lance-vende-camisas-que-revertem-parte-da-renda-ao-corinthians/
Disse o Corinthians sobre o assunto, em sua resposta:
“Além de usar de mau gosto para ofender a torcida do Corinthians,os jornalistas do lance RJ esqueceram também que o jornal é parceiro comercial do Corinthians. De forma conjunta, lançamos bons produtos para atender ao nosso torcedor, como as camisas retrô, por exemplo.
Por fim, a capa carioca do Lance de hoje une mau gosto, inveja, desrespeito ao torcedor, ao parceiro comercial em um capítulo triste do “jornalismo” esportivo.”
Para bom entendedor, a ameaça não poderia ter sido mais explícita.
E compromete, sem dúvida, a credibilidade das notícias do Corinthians na publicação, antes, durante e daqui por diante, principalmente se a tal “parceria” for mantida após a “lembrança” aos jornalistas.
Até que ponto notícias são publicadas para agradar o “parceiro”, e quais as deixadas de lado para não “desagradá-lo”, eis a questão.
Sim, porque se a resposta foi para a redação do jornal no Rio de Janeiro, certamente, as ameaças e “avisos” tem como destinatários o núcleo paulista do jornal.
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