Será que as tão decantadas anunciações feitas pela presidente Dilma sobre a redução dos preços das contas da energia elétrica irão realmente ter efeito positivo na redução dos preços de outros serviços e produtos? De acordo com cálculos feitos pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp/Ciesp), a economia média anual que a diminuição nos preços da energia para as residências e para as empresas deverá ficar em torno de R$ 31,5 bilhões. Para essas duas entidades, isso será muito importante para que o Brasil possa recuperar sua competitividade e, consequentemente, elevar o a possibilidade de crescimento sem que seja afetado o nível de preços no País.
Para a Fiesp, as reduções de 18% para as residências e de até 32% para a as empresas reduzirão os custos de produção no Brasil e deverão movimentar a economia. A federação diz ainda que o pronunciamento da presidente reforça o compromisso assumido em setembro, quando foi anunciada a redução de custos da energia. Segundo a organização que representam as indústrias do Estado de São Paulo, em razão de todo mundo usar energia, de todos os produtos precisarem de energia para serem produzidos, de todos os serviços consumirem energia essa redução trará alívio para todos os setores da economia, inclusive para as famílias brasileiras. Ao reduzir a conta de luz, o benefício é de todos, direta e indiretamente todos sairão beneficiados.
As entidades afirmam ainda que a redução do valor da tarifa de energia foi tema de campanha, que envolveu abaixo-assinado. “Ganhamos a guerra contra aqueles que desejavam manter uma das contas de luz mais caras do mundo. Assim, não era possível crescer”, disse em nota Paulo Skaf, presidente das entidades. Na verdade, o Skaf quer para ele pelo menos parte dos ganhos políticos (que serão muitos) advindos da redução de preços da energia. Mas, certamente os paulistas e os brasileiros em geral não se deixarão enganar por aproveitadores.
Em pronunciamento feito em 24 de janeiro último, a presidente reagiu forte à previsão de racionamento ou de aumento no custo da energia para o ano que vem e anunciou desconto na tarifa da energia elétrica, a partir do dia seguinte, de 18% para o consumidor doméstico e 32% para o consumidor produtivo. Realmente, existem muitas pessoas, inclusive especialistas da área de energia, que afirmam que o Brasil ainda carece muito da produção e distribuição de energia. Inclusive, indicam que alguns apagões que tem ocorrido nas últimas semanas são uma amostra de tal situação.
Segundo a presidente em seu pronunciamento para a tv, c”om essa redução de tarifa, o Brasil, que já é uma potência energética, passa a viver uma situação ainda mais especial no setor elétrico. Somos agora um dos poucos países que está ao mesmo tempo baixando o custo da energia e aumentando sua produção elétrica”. Ainda de acordo com a presidente Dilma, a produção de energia irá aumentar mais de 7% com a entrada de novas usinas e linhas de transmissão no sistema elétrico. Segundo ela, para os próximos 15 anos a capacidade instalada, hoje de 121 mil megawatts, deverá dobrar e será suficiente para garantir o crescimento nesse período de tempo.
Esses descontos são válidos para todos os estados do Brasil, mesmo para aqueles em que as concessionárias não aderiram às condições do governo para a redução de tarifas. Agora nos resta a dúvida se essa diminuição, que já está acontecendo, irá, de fato, fazer com que os outros preços diminuam. Pelo menos os preços daqueles produtos que direta ou indiretamente possuem os preço da energia como custo razoável. Se os preços gerais da economia não baixar, dirão que não baixou mas não subiu ou subiu menos do que sem a diminuição do preço da energia. De qualquer forma, serão necessários muito cálculos para saber o efeito da redução da conta de energia para a inflação e para a economia.
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