quinta-feira, 11 de julho de 2013

O povo reclama por princípios, valores éticos e morais que foram esquecidos pela ganância dos representantes do povo

Há quatro meses a Edelman, uma das maiores agências de comunicação e de relações públicas do mundo, divulgou o resultado de sua pesquisa para 2013. Edelman realiza, desde 2001, pesquisa denominada Trust Barometer _ Estudo de Confiança Edelman, sobre confiança e credibilidade em quatro segmentos: empresas, governo, ONGs e mídia. A principal conclusão do Barômetro em 2013, o que não é surpresa, é que há crise de confiança e de credibilidade nas instituições. No Brasil, a mídia foi considerada a instituição mais confiável, e, em último, o governo. Essa classificação foi dada tanto pelo público em geral quanto pelos formadores de opinião.
Os entrevistados dizem confiar mais em “pessoas comuns”, como empregados, funcionários públicos, especialistas e acadêmicos. O que mostra que as pessoas acreditam mais em quem não tem interesse político ou financeiro envolvido.
As manifestações nas ruas, embora tenham temas tangíveis, o que é muito bom pois permite aos governantes e políticos darem respostas bem focadas, com prazos e resultados que possam ser mensurados, nos mostram a busca por valores intangíveis. Estamos nas ruas clamando por princípios e valores éticos, morais, que foram engolidos, esquecidos, pela ganância e descolados do real papel dos representantes do povo. A falta de confiança, a corrupção, a falta de transparência e incompetência.
Para voltarmos a ter confiança nas instituições e nas pessoas que as representam, é primordial que elas apresentem a combinação de três fatores interdependentes:
a) Competência, isto é, a capacidade de fazer bem feito aquilo que a pessoa diz que sabe ou se propõe fazer.  b) Sinceridade: a pessoa diz o que de fato está pensando e faz o que diz.  c) Responsabilidade: é o comportamento de entregar o que foi prometido, dentro do prazo previsto, e arcar com as consequências das próprias ações.
Parceiros Voluntários trabalha calcada no conceito de que  “trabalhar os valores internos faz despertar na pessoa o seu verdadeiro valor. O que a torna mais ativa e socialmente transformadora do mundo ao seu redor”. As pessoas que estão nas ruas estão exercendo a sua RSI – Responsabilidade Social Individual, por isso não existe uma liderança, todos são líderes.
Os tempos são de mudanças. Ninguém sabe, ainda, como lidar com essa energia de mudança, pois não se sabe onde ela começa e muito menos onde ela terminará. Mas todos sabemos que não serão mais aceitos valores não positivos, valores que não atinjam ao bem comum. As soluções assertivas urgem, pois as próximas eleições se aproximam, e, torcemos para que o povo brasileiro tenha memória!
Por Maria Elena Pereira Johannpeter, presidente (voluntária) da ONG Parceiros Voluntários

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