sábado, 20 de julho de 2013

Já se sabe em que ia ser usado o dinheiro roubado de assessor do presidente da Câmara dos Deputados

O caso em são envolvidos R$ 100 mil do presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que o seu secretário parlamentar Wellington Ferreira da Costa levava numa maleta e que foi roubada, já se sabe o destino que tal dinheiro tinha. Mas ainda existem muitos pontos não claros sobre o assalto sofrido pelo secretário parlamentar. No entanto, o que se tem certeza é que o destino da maior parte do dinheiro, R$ 90 mil, iria para o deputado João Maia (PR), conterrâneo de Alves.
Mais do que isso, neste sábado, o jornal a Folha de S.Paulo mostra mais uma informação à história: a entrega do dinheiro seria para amortizar a compra de um imóvel em Natal, no valor de R$ 1 milhão, do deputado Maia. Ao jornal, o parlamentar confirmou que ainda tinha para receber pelo apartamento, vendido no ano passado ao presidente da Câmara, R$ 500 mil parcelados – a outra metade foi paga à vista por Alves, segundo ele. “A venda está, inclusive, registrada no meu Imposto de Renda, com os valores e tudo. Ele havia combinado de me pagar, mas houve esse problema”, disse Maia, de acordo com o jornal.
Se o dinheiro realmente serviria para pagar o apartamento, e tudo está registrado legalmente, o curioso é Henrique Alves não ter esclarecido isso quando teve uma grande oportunidade, há apenas três dias, em entrevista ao mesmo jornal. Ao jornalista Fernando Rodrigues, ele confirmou que o dinheiro era seu, de um empréstimo do Banco do Brasil, mas quando questionado sobre seu destino, declarou ser “um assunto privado, particular”, e que não iria dar detalhes por ser “um pouco de invasão de privacidade”.
Além disso, por que o dinheiro seria entregue em espécie, ao invés de ter sido feita uma transferência bancária para a conta de João Maia, o que seria mais seguro e evitaria o assalto ocorrido? Alves também foi questionado sobre isso, mas não explicou. “É um direito meu, não é?”, disse apenas. Na delegacia, mais um fator causa estranheza: o inquérito sobre o assalto instaurado na Polícia Civil de Brasília corre em segredo. Conforme apuração da Folha, “não é normal haver sigilo em casos de roubo, a não ser que haja pedido feito por alguma autoridade”.
Como se vê, ainda há muito que esclarecer sobre o caso. Mas em resposta à reportagem do jornal paulista, a assessoria da presidência da Câmara disse apenas que “todas as informações foram prestadas às autoridades competentes” e que o presidente da Casa “aguarda a conclusão dos trabalhos da polícia”.

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