terça-feira, 30 de julho de 2013

Rocinha: polícia acha corpo que pode ser de Amarildo em valão




ONG Rio de Paz fez protesto no Cristo Redentor com uma faixa com a pergunta: "Onde está Amarildo?" Foto: Rio de Paz / Divulgação
ONG Rio de Paz fez protesto no Cristo Redentor com uma faixa com a pergunta: "Onde está Amarildo?"
Foto: Rio de Paz / Divulgação

A Polícia Civil do Rio de Janeiro achou um corpo em um valão situado na favela da Rocinha. Existe a suspeita de que ele seja do pedreiro Amarildo de Souza, 47 anos, que desapareceu na noite do dia 14 de julho, depois de ser levado para uma base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da comunidade. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) foram chamados ao local, para recolher o corpo e fazer o trabalho de identificação.
O corpo foi encontrado por policiais da Delegacia de Homicídios, que faziam uma operação justamente para tentar encontrar pistas sobre o paradeiro de Amarildo. O pedreiro foi abordado por policiais da UPP, e teria sido confundido com um traficante da favela. Eles afirmaram que, depois de o mal entendido ter sido desfeito, liberaram Amarildo. O pedreiro, no entanto, nunca mais foi visto.
Foram pedidas imagens de câmeras instaladas próximas à base da UPP, mas elas não foram disponibilizadas, sob a alegação de que as filmadoras estavam com defeito. O sumiço de Amarildo desencadeou uma grande campanha nas redes sociais. “Onde está Amarildo?” é a pergunta feita por muitos críticos das ações da Polícia Militar do governo Sérgio Cabral. O questionamento sobre o paradeiro do pedreiro também vem norteando os protestos de rua que têm como alvo o governador fluminense.
Ontem, em entrevista coletiva, Cabral mencionou o caso e disse que também quer saber onde está Amarildo. “Estamos investigando o caso do Amarildo profundamente, querendo saber onde está Amarildo. Essa é uma pergunta que a sociedade e eu, e posso garantir que o secretário (de Segurança Pública, José Mariano) Beltrame e todos nós estamos fazendo. Só que eles são os especialistas, e estão trabalhando tecnicamente para isso, e eu vocalizo uma demanda da sociedade. Situações como essas são intoleráveis, e vamos descobrir os responsáveis por isso.”

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