quarta-feira, 3 de julho de 2013

Em 11 de julho deverão ocorrer muitas manifestações promovidas pelas centrais sindicais

Dirigentes das principais centrais sindicais brasileiras se reuniram nessa segunda-feira (1) para acertar os detalhes do Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, marcado para 11 de julho. No bojo dos protestos de rua que agitam o país, os trabalhadores entram em cena de forma organizada para apresentar sua pauta de reivindicações e para disputar os rumos do movimento. O ato unitário está sendo organizado pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CGTB, CSP-Conlutas e CSB. Ele também conta com o apoio dos movimentos sociais, como a UNE e o MST.
Entre as iniciativas previstas para 11 de julho, os metalúrgicos do ABC paulista pretendem paralisar as principais fábricas e ocupar a Via Anchieta. Metroviários e condutores de ônibus também discutem a possibilidade de greves parciais. As centrais sindicais ainda estudam as condições para a realização de uma grande passeata na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. Nos outros estados, os sindicatos também têm concentrado as suas energias na preparação do Dia Nacional de Greves e Mobilizações. Panfletagens diárias e assembleias de inúmeras categorias já estão agendadas para criar o clima do protesto.
Por iniciativa da Agência Sindical, nesta quarta-feira (3), na sede do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo, haverá uma reunião dos assessores de imprensa de várias entidades para organizar a cobertura do protesto. Blogueiros e jornalistas da mídia alternativa também foram convidados. “O objetivo é garantir o máximo de informações sobre as mobilizações sindicais, fazendo o contraponto ao conservadorismo da grande mídia”, explica João Franzin.
A pauta unitária das centrais sindicais para o Dia Nacional de Greves e Mobilizações inclui as seguintes reivindicações:
- contra o PL 4330, da “terceirização”, que retira direitos dos trabalhadores brasileiros e precariza ainda mais as relações de trabalho no Brasil; esse projeto precisa ser varrido imediatamente da pauta do Congresso Nacional;
- que as reduções de tarifa do transporte não sejam acompanhadas de qualquer corte dos gastos sociais;
- 10% do orçamento da União para a saúde pública;
- 10% do PIB para a educação pública, “verbas públicas só para o setor público”;
- fim do fator previdenciário;
- redução da Jornada de Trabalho para 40 horas sem redução de salários;
- reforma agrária;
- suspensão dos Leilões de Petróleo.

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