segunda-feira, 8 de julho de 2013

Devemos criar metas que podemos cumprir e comprar somente o que precisamos

Ter uma vida financeira estável é o sonho de muitos. A receita é mais ou menos conhecida: gastar menos do que temos, guardar, pelo menos, 10% do salário, resistir às tentações do consumo e optar pelo pagamento à vista. Na prática, a realidade é outra: frequentemente compramos algo desnecessário, pagamos juros altíssimos no cartão, e lá vem uma dívida que não temos como pagar, por um bem que não era essencial. Através da educação financeira é possível inverter o quadro.
A ideia é ajudar o cidadão a consumir de forma consciente, refletindo sobre a necessidade de adquirir um produto. Abrir mão de uma compra supérflua no presente equilibra as contas, evita dívidas e libera o valor que não foi usado para gastos melhores no futuro. Estudos mostram que após uma análise nas finanças é possível cortar entre 20% e 30% dos gastos. Esse montante pode ser destinado para uma poupança, que, no futuro, permitirá a realização de sonhos como uma aposentadoria complementar ao INSS, uma viagem ou um carro.
Definir prioridades no orçamento é fundamental na educação financeira. A facilidade de compra no cartão leva ao endividamento da noite para o dia; quitá-lo, porém, pode demorar. Nesse caso, é recomendável traçar uma estratégia e começar a pagar àquelas que sejam mais altas e com juros maiores (normalmente cartão de crédito e cheque especial).
Também não adianta criar metas que você não conseguirá cumprir. O ideal disponibilizar até 30% da renda para pagamento de dívidas. Renunciar aos bens de consumo pode parecer ruim. Mas uma vida financeira equilibrada, sem dívidas e economias, para realizar sonhos no futuro compensará.
Por Fernando Buarque é diretor de Administração do Serpros   http://www.franciscocastro.com.br/blog/

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