sábado, 13 de julho de 2013

Depois de tantas manifestações, não vi ninguém defendendo os direitos dos empresários. Sabem por quê? No Brasil o empresário costuma ser tachado como explorador de funcionário e de burguês. É muito difícil empreender aqui. São muitas as dificuldades impostas pelo governo e pelo mercado para conseguir sucesso. Por trás de um empresário — seja comerciante, jornaleiro, prestador de serviços, médico, dentista, psicólogo, advogado, contador, engenheiro, arquiteto, administrador, analista de sistemas, enfim, todos (com CNPJ) — está um chefe de família liderando pessoas também com famílias para sustentar. É um trabalhador que, na maior parte das vezes, é sempre o primeiro a chegar e o último a sair, quase nunca tira férias e não ganha 13º salário. Protestos devem ser feitos, mas não podemos admitir atos de vandalismo contra o empresário e o trabalhador. É inadmissível a destruição de lojas, restaurantes, postos de gasolinas e outros estabelecimentos sendo saqueados nas manifestações. Nós, micro e pequenos empresários, somos responsáveis por mais da metade dos empregos com carteira assinada do Brasil e, somando-se a ocupação dos empreendedores, que geram para si mesmos, podemos dizer que, no mínimo, dois terços do total das ocupações existentes no setor privado da economia estão sob nossa gestão. Assustador, não é? Somos bastante procurados para responder por nossos deveres, sofrendo ferozes fiscalizações, e até para fazer doações no período eleitoral. O que ganhamos em troca? Uma economia instável, gerando uma inflação galopante. Só quem é empresário sabe a dificuldade de conseguir construir uma sólida estrada, em que muitos brasileiros caminham para sobreviver. Por Marcelo Borges, administrador e empresário

O poder acumulado pela propriedade cruzada sobre meios de comunicação, como canais de tv, rádios, jornais e portais, além do “histórico de golpismos” já são motivos suficientes para provocar protestos contra a Rede Globo “diariamente”, avalia o cientista político da Fundação Getúlio Vargas Francisco Fonseca.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (11), Dia Nacional de Lutas organizado pelas centrais sindicais, Fonseca afirmou que a concentração dos meios de comunicação atenta contra a democracia. “Aqui são 11 famílias que dominam os meios de comunicação no Brasil. Elas são oligopólio e oligarquia. Conseguem ter essa dupla caracterização. Não há democracia com meios de comunicação assim extremamente concentrados.”
Sobre o protesto previsto para a tarde de hoje, a partir das 17h, na sede paulistana da Globo, o analista disse que o Brasil “está atrasado”. “A revisão da renovação das concessões de rádio e TV foi totalmente deixada de lado pelo governo federal, mas é inaceitável que o Estado brasileiro continue financiando esses oligopólios. E a Globo adentra a democracia, bajulando quem está no poder quando interessa ou tentando dar golpes quando é contrariada. Ela nasceu da promiscuidade com o poder e mantém um histórico de golpismo, aliada inclusive a serviço militar.”
Fonseca disse que o que chama de timidez do governo Dilma Rousseff para enfrentar o tema da democratização da mídia tem de acabar. “A voz das ruas, dos movimentos sociais, precisa se fazer ouvir e, por isso, as manifestações em frente à Globo e a outros monipólios de comunicação são absolutamente necessários. É possível enfrentar esse monopólio. A Argentina mostrou isso em nome da democracia.”

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