terça-feira, 2 de julho de 2013

As justificativas (esfarrapadas!) das ações do governo tanto no âmbito interno quanto no externo

Realmente parece existir um certo terrorismo em relação à economia brasileira. Afinal, nossa moeda está tendo apenas um ajuste em face ao mercado internacional de câmbio, não é? Nada mais natural que a balança comercial perca seu superávit de tantos anos. E a alta dos juros internos deve-se apenas à política rigorosa de combate à inflação, que subiu circunstancialmente e deverá ceder em breve.
Ah, claro…o ambiente pessimista da imprensa e das empresas dedicadas a avaliações é mais uma questão política do que baseada em fatos reais. Assim como a queda das bolsas e das ações de empresas brasileiras é de origem psicológica, por conta de um  mercado nervoso e volátil. O derretimento das empresas X, com endividamento considerável, será revertido, pois o mercado absorverá novas emissões e os bancos manterão a confiança que os levou a emprestar quase 20 bilhões de reais.
Não temos problemas com vizinhos: as relações comerciais estão normais e as desavenças, como as envolvendo a Petrobras, estatal, e ALL, privada, ficam no âmbito das próprias empresas com os irmãos argentinos. Nada mais natural do que fazermos também doações de arroz para os cubanos, nossos amigos, uma vez que aqui o produto não falta na mesa de ninguém.
A Venezuela também merece nosso apoio em gêneros que lá faltam e aqui abundam. E perdoar dívidas de ditaduras africanas é parte do resgate da dívida que temos com o continente que contribuiu com parte de nossa população.
Sem falar que as manifestações de ruas são meros exercícios da cidadania e da democracia. A gestão pública é bem avaliada pela população, já que ainda mostram o favoritismo da presidenta na eleição de 2014.
Os estados estão super satisfeitos com a distribuição dos impostos e com as condições de seu endividamento com a União; os municípios são gratos ao apoio federal. O setor elétrico tem ganhos satisfatórios, a siderurgia vive um grande momento e a industria automotiva, em breve, poderá dispensar incentivos. Reina paz no campo e existe um clima animador para novos investidores!
As contas públicas estão perfeitas, claras e sólidas. Tudo sob controle. Os investidores são muito bem-vindos, assim como uma legislação trabalhista moderna, um sistema tributário simplificado e justo, com portos e aeroportos eficientes, estradas bem cuidadas e fartura de mão de obra especializada.
 A presidenta Dilma, portanto, está correta ao denunciar um terrorismo econômico, visando deturpar a real situação do País. E as oposições, mais corretas ainda em manter uma crítica pontual e de superfície. Afinal, o caminho lento, mas gradual e seguro, para o modelo bolivariano vai sendo conduzido com grande competência… 
Por Aristóteles Drummond, jornalista e vice-presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro.

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