quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Direção do MST nega participação na invasão do Instituto Lula


O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra) negou que seus militantes façam parte da invasão do Instituto Lula, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (23).
Cerca de cem pessoas ameaçadas de despejo do assentamento Milton Santos invadiram a sede do instituto onde o ex-presidente Lula costuma despachar em São Paulo.
Segundo o MST, os invasores são membros da Intersindical, central sindical ligada ao PSOL e que faz oposição à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
Em sua página, a Intersindical critica as "consequências drásticas" da "submissão e defesa cega da CUT em relação ao governo" Lula.

Invasão do Instituto Lula

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Apu Gomes/Folhapress
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Cerca de cem pessoas ameaçadas de despejo de um assentamento no interior de São Paulo invadiram o Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul de São Paulo
Apesar disso, parte das famílias do assentamento Milton Santos é filiada ao MST. O movimento participou da invasão da sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em São Paulo, que ocorreu no dia 15 de janeiro.
Também organizou protestos, como bloqueios em rodovias no interior. Em seu site, o MST coloca em destaque textos sobre o assentamento.
Porém, em dezembro, quando um grupo do mesmo assentamento tentou invadir o Escritório da Presidência em São Paulo, não recebeu apoio oficial da direção do MST.
"Os protestos organizado pelo MST têm como orientação geral denunciar os verdadeiros inimigos da reforma agrária, como o agronegócio, o latifúndio, o Poder Judiciário e a imprensa burguesa e pressionar os órgãos de Estado para que façam a Reforma Agrária", informa o MST em nota.
Segundo o grupo que invadiu o Instituto Lula, a intenção do protesto é fazer com que o petista interceda por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social, para encerrar disputas pela propriedade da área.
Os moradores do assentamento, localizado entre Americana e Cosmópolis (interior de SP), foram notificados por um oficial de Justiça a desocuparem a área até o dia 30 deste mês.
A área do assentamento era de propriedade do grupo Abdalla, mas na década de 70 foi tomada para o pagamento de dívidas com a União.
A fazenda está registrada em nome do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que, em 2005, cedeu a terra ao Incra para o assentamento.
Uma ação da Justiça reconheceu um excesso na cobrança da União sobre o grupo e determinou devolução de bens confiscados acima do devido.
Em outra ação do Incra contra a Usina Ester, que ocupava a área antes das famílias do assentamento, a Justiça Federal entendeu que o imóvel foi readquirido pelo grupo Abdalla, o que gerou a determinação de retirada das famílias.

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