O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem em um discurso o que poucas pessoas no Brasil tem coragem de dizer a respeito de tanta impunidade e a falta de informação que as pessoas possuem. Alckmin disse que o “povo não sabe de um décimo do que se passa contra ele” próprio. Disse muito mais: “Se não, ia faltar guilhotina para a Bastilha, para cortar a cabeça de tanta gente que explora esse sofrido povo brasileiro”.
Esse discurso foi realizado no transcurso do lançamento de um programa estadual que ajuda prefeituras a disponibilizar portais de acesso a informações públicas. Aqui, ele disse algo mais profundo e significativo de toda a sua verbalização no evento: “O sujeito fica rico, bilionário, com fazenda, indústria, patrimônio e não acontece nada. E o coitado do honesto é execrado. É desolador.”
Outro ponto importante foi a sua menção ao fato de existir muitas ações na justiça impedindo que os valores relativos aos rendimentos dos servidores públicos sejam disponibilizado para o conhecimento da população. “Salários, ninguém põe na internet, porque o sindicato pediu liminar. ‘Olha eu gostaria de pôr, mas a Justiça proibiu’”, disse.
De forma merecida, Alckmin criticou também a lerdeza do Judiciário em resolver muitas demandas que chegam até aquele poder . “A corrupção, o paraíso é o Judiciário. Todo mundo diz: ‘Na hora que for para Justiça vai resolver’. Vai levar 20 anos.”
O governador não disse uma vírgula que não fosse a mais pura verdade. O povo não tem a informação da verdade, sabe apenas algumas poucas coisas que eventualmente a grande mídia tem algum interesse em divulgar. As pessoas mais bem informadas sabem que existem muitos milionários no Brasil que ficaram ricos às custas da corrupção e exploração do povo mesmo sem nunca terem sido políticos. Esses afortunados raramente são pegos.
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