Os famosos índices que medem o padrão de vida das pessoas em um determinado lugar em relação ao padrão de visa das pessoas de outros lugares são objeto de controversas e de muitas discussões. O famoso Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é publicado pela ONU todos anos, é um dos que tentam medir a qualidade de vida de cada país em relação a todos os outros. Utiliza-se de apenas três indicadores: o nível de renda, a educação e a saúde.
Esse índice é um pouco mais completo do que o índice de Gini que mede o nível de concentração de renda de um determinado país ou local. Mas, o IDH tem um problema sério que é a incorporação de indicadores defasados para poder comparar a situação dos 187 países analisados em razão de disponibilidade de dados. Esse fato prejudica os países que possuem dados mais recentes melhores do que os países “concorrentes”. Entretanto, isso é difícil de constatar porque não se tem informação de que todos os outros países tiveram melhora nos indicadores nos últimos anos em que os dados não estão disponíveis.
A verdade é que o Brasil experimentou melhoras significativas e dificilmente a maioria dos outros países tenha experimentado melhora em tamanha monta. Certamente, a defasagem de sete anos pode significar muito para medir as melhoras que os brasileiros tiveram em comparação com o que os outros países tiveram.
No relatório da ONU, o Brasil ocupa o 85º lugar no IDH, o mesmo do ano anterior, com o índice de 0,730. O país que está em primeiro lugar, a Noruega, tem um índice de 0,955. O Brasil melhorou muito em termos anos médios de escolaridade da população, melhorou significativamente em termos aumento de expectativa de vida e o nível de renda médio da população teve um salto muito importante nos últimos anos. Só isso seria suficiente para dizer que o brasileiro melhorou de vida, mas é preciso muito mais para se dizer que o povo brasileiro tem um padrão de vida que pode ser comparado como o de países centrais. Por enquanto deve ficar beirando os países periféricos, muito provavelmente entre os cinqüenta ou sessenta países em melhores posições.
Isso é muito pouco para um país da grandeza do nosso. Além disso, é fundamental que se busque um índice mais abrangente do que um que tem apenas três indicadores. É preciso que a ONU utilize um índice mais representativo.
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