Uma comissão de deputados se prepara para embarcar para a Bolívia e pressionar as autoridades locais pela liberação dos 12 corintianos presos por suposto envolvimento na morte de Kevin Douglas Beltran.
“Vamos tentar mostrar para o [poder] executivo de lá que é difícil imaginar que os 12 sejam culpados e que isso pode prejudicar as boas relações entre Brasil e Bolívia”, disse ao blog Carlos Zarattini (PT-SP), membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados. Ele foi o idealizador da viagem, ainda sem data marcada.
“Essa não é exatamente a função da comissão, mas estamos sendo movidos por um sentimento de Justiça”, afirmou o deputado.
Como a missão é oficial, a viagem será paga pela Câmara, ou seja, com dinheiro público. Indagado pelo blog se a iniciativa pode gerar críticas, ele respondeu que “já houve outros casos de injustiça na Bolívia e agimos”.
De acordo com o site da Câmara, a comissão tem atribuições como apreciar matérias referentes a relações diplomáticas, consulares, econômicas, científicas, política externa, direito internacional público e política de defesa nacional.
Cada deputado tem, pelas regras da Câmara, uma cota mensal para exercer a atividade parlamentar que varia de R$ 23 mil a R$ 34,2 mil. Nela estão incluídos gastos com passagens aéreas.
O grupo que vai a Bolívia deverá ter a companhia de Vicente Cândido (PT-SP). Sócio de Marco Polo Del Nero, vice da CBF, ele foi convidado para participar apesar de não fazer parte da comissão.
Em outra ação a favor dos corintianos presos, durante reunião com o embaixador da Bolívia no Brasil, na semana passada, o Itamaraty reforçou o pedido para que as autoridades de lá garantam a integridade física dos brasileiros e respeitem os direitos humanos.
O Itamaraty já havia agido para impedir que os brasileiros fossem transferidos para celas em que conviveriam com bolivianos já condenados pela Justiça.
Quem também se manifestou pelos torcedores foi o deputado Fernando Capez (PSDB). Ele pediu, em discurso na Assembleia Legislativa, que as autoridades diplomáticas do Brasil parem com “esse ritmo de tartaruga”.
Como promotor, Capez ficou famoso justamente por combater a violência das torcidas organizadas.
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