Após a FOLHA expor publicamente parte do contrato de patrocínio firmado entre a CAIXA e o Corinthians, muita gente no clube lembrou do documento de parceria assinado, e criticado, com a empresa SMA, de Carla Dualib, neta do ex-presidente.
Não pelo objeto em si, mas pelo excesso de clausulas leoninas.
Carla levava 30% de todos os contratos de publicidade do clube, quando o praxe de mercado era entre 10% e 20%.
No caso da CAIXA, além da irregularidade verificada pela Justiça, já em três decisões, que impede o Corinthians de receber o dinheiro combinado, há no documento um número desproporcional de “obrigações” a serem cumpridas pelo clube em troca do patrocínio.
Uma espécie de submissão total pelo desespero de ter ficado mais de um ano sem patrocínio principal, justamente quando era campeão brasileiro, da Libertadores e prestes a disputar o Mundial.
Prejuízo este incalculável.
O patrocínio, embora lesivo para o bolso da população, economiza quantias milionárias ao obrigar jogadores do clube (que custariam caro se contratados de maneira avulsa) a fazer propaganda em suas campanhas.
Além disso, há outras obrigatoriedades interessantes, como receber quase R$ 800 mil de camisetas por ano, além de números ilimitados de ingressos VIPs por partidas em que o Corinthians for o mandante.
Sem contar que a multa por irregularidades cometidas, por exemplo, se jogadores tamparem o patrocínio na hora de comemorar gols, 10%, é exatamente igual a de uma comissão pela intermediação de um contrato desse tipo.
Situação absolutamente conveniente para explicar “oficialmente” possível remuneração de intermediação a terceiros que não poderiam ser contabilizadas como tal.
Além disso, se qualquer atleta resolver ingressar com ação judicial especificando que foi obrigado a trabalhar para a CAIXA pelo Corinthians, clausulas do acordo são bem claras ao dizer que todos os problemas trabalhistas são obrigações do clube, e que o banco nada responderá.
Vale lembrar que o período sem patrocínio se deve ao “trabalho” de Luis Paulo Rosenberg, vice-presidente, mas o contrato com a CAIXA recebeu a assinatura de Mario Gobbi, presidente, e Raul Corrêa da Silva, diretor financeiro, que são os nomes a ser responsabilizados por qualquer eventualidade.
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