Por Marco Cuadros, administrador, teólogo, escritor e palestrante
Todos desejam se comunicar. Na família, na mesa de jantar ou no trabalho. Todos desejam ser ouvidos. Faz parte de nossa natureza e de nosso desejo por aceitação. Sem comunicação não existiriam relacionamentos e, sem relacionamentos, não existiria o desenvolvimento humano. Mas será que a comunicação alcança realmente os objetivos quando acontece? Existem objetivos reais cada vez que exercemos a arte da comunicação? De que tipo de comunicação estamos falando?
Todo comunicador sabe que existem dois tipos básicos de comunicação e que toda a população os pratica: a verbal e a não verbal. Quando falamos da comunicação verbal falamos de um relacionamento através de palavras, através da voz. Este tipo de comunicação é o mais importante para a maioria das pessoas, e nesse contexto, a maioria das pessoas tem dúvidas em relação à comunicação quando confrontadas com os objetivos de sua comunicação pessoal mesmo que saibam falar, pois isso não necessariamente significa que saibam se comunicar.
A comunicação esta relacionada com mais do que o simples uso de palavras. Existe um sentido na fala de uma pessoa e também um objetivo. A fala também expressa sentimentos. Isso acontece no tom, na modulação e no timbre da voz. Em outras palavras, existe um conjunto de características que devem ser observadas no ato de comunicar verbalmente uma mensagem.
Outro assunto importantíssimo é o objetivo da comunicação. Se existe uma mensagem existe um objetivo. É necessário que o instrumento que será usado para comunicar a mensagem, neste caso, a voz, esteja alinhado com a mensagem: se a mensagem for uma notícia de casamento, a voz não poderá entregar uma mensagem triste, mesmo que as palavras aparentem alegria por causa de seu significado; se é uma mensagem de esperança, a voz não poderá enviar uma mensagem de “incômodo”. É importante que o instrumento esteja 100% alinhado à mensagem.
Muito além de repetir conceitos e técnicas que os mestres em comunicação falam, o diferencial para um comunicador é ir além do objetivo, da mensagem, é inovar na forma e nas idéias até conseguir reproduzir uma comunicação que seja definida como inovadora. Quando chegamos, portanto, a entregar uma comunicação inovadora? Uma vez que conhecemos as estratégias básicas da comunicação, aprendemos a modular a voz e a estruturar adequadamente a mensagem, o próximo passo será adaptar as competências adquiridas às diversas atividades e às diferentes pessoas a cada dia, seja individualmente ou grupalmente. Parece fácil mas demanda tempo e dedicação.
A comunicação inovadora esta diretamente relacionada com a capacidade de adaptação e inteligência emocional. Desenvolver a inteligência emocional motiva um entendimento mais profundo dos sentimentos e emoções humanas. Este entendimento cria relacionamentos melhores, eficazes para o trabalho e duradouros. Com uma comunicação inovadora a organização se beneficia. O uso da inteligência emocional deve ser aplicada sempre com a “adaptabilidade”, a capacidade de se adaptar a diversas situações e pessoas rapidamente. Unidas estas duas competências resultarão automaticamente em uma comunicação inovadora.
Se estas características são bem vistas pelas organizações, é também certo que grande parte das organizações não esta preocupada em desenvolver diretamente estas capacidades em seus liderados (ao menos não formalmente). Como, pois, podemos entender esta aparente contradição? Espera-se que o profissional desenvolva essas competências na universidade ou durante sua experiência na empresa, e é neste quesito que reside o diferencial em qualquer profissional. Aquele que desejar galgar espaços mais rapidamente na hierarquia organizacional, será aquele que se preocupar por desenvolver uma comunicação inovadora no menor tempo possível. Portanto, cabe a nós, talentos empresariais, multiplicar o sentimento de uma adequada comunicação inovadora (técnica e comportamentalmente) a uma gestão estratégica de pessoas nas organizações.
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