A elevação do nível de preços tem a ação de três atores tentam fazer algo para que a inflação seja dissipada e as expectativas sejam de baixa na variação de preços da economia brasileira. Em primeiro lugar, está o mercado financeiro e alguns especialistas que defendem um imediato aumento da taxa básica de juros da Selic. Em segundo lugar está o governo que tenta resolver o problema por meio de medidas inconsistentes entre si, chegando, inclusive, a querer controlar os preços de alguns produtos e serviços. Em terceiro lugar está o Banco Central (BC) que tem a consciência da piora da inflação, mas não age de imediato para sanar o problema em razão da interferência do governo.
A questão da meta de inflação tem imposta pelas as autoridades que é administrada principalmente por meio da Selic tem tido vários debates, com uns apoiando a diminuição da meta tanto da parte de cima quanto da parte de baixo. Eles querem que o governo defina cada a meta de inflação cada vez mais baixa. Por outro lado, existem aqueles que são a favor do nível de inflação poderia ser um pouco maior, mas com taxas de crescimento da economia maiores do que as que estão ocorrendo nos últimos anos.
Evidentemente que existem muitos outros meios de se controlar a inflação sem recorrer única e exclusivamente à manipulação das taxas de juros primários da economia. Medidas de cunho fiscal, elevação da produtividade da economia, desindexação da economia, política cambial prudentes são algumas das ações que em médio prazo podem ser extremamente relevantes para guiar a economia como um todo para um controle mais eficaz da inflação. A política econômica deve ter em mente o crescimento sustentado utilizando meios reacionais e que funcionem efetivamente com o mínimo possível de seqüelas ou efeitos colaterais. Até mesmo a política monetária nunca deve ser limitada à inflação e ao uso da Selic.
Um dos maiores problemas na condução da política econômica é a grande interferência do fator político nas tomadas de decisões. Na verdade, o maior objetivo do governo atualmente é assegurar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Ela, inclusive, chega admitir que na campanha eleitoral tudo pode, sendo acompanhada pelo seu grupo e subordinados. Assim, o governo pende para que os juros sejam cada vez menores levando a economia a crescer mais no período que antecede as eleições favorecendo ao grupo de se encontra no poder. Isso pode não ser bom para o país se esse crescimento ocorrer em cima de fatores não propícios o que fatalmente levará a crises logo após as eleições.
Juros mais baixos juntamente com essa eventual indisciplina na condução das políticas econômicas (fiscal, cambial, monetária, etc.) elevam a demanda, e isso ocorre numa situação em que a oferta está contida por investimentos fracos e o custo de mão de obra está em elevação com a imensa maioria dos trabalhadores obtendo reajustes salariais acima da inflação e, em alguns casos, até mesmo acima da produtividade. Insistir em caminhar por céu de brigadeiro quando se está em tempo muito instável corre-se um sério risco em ter problemas sérios depois. Na situação atual, o governo deve agir com prudência, buscando corrigir eventuais erros de percursos e levar o Brasil para uma trajetória de crescimento sustentável que será bom para todos.
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