domingo, 13 de janeiro de 2013

Os planos de saúde privados também oferecem serviços de qualidade bastante duvidosa


A saúde não está precária somente no setor público, mas também no setor privado. Evidentemente que na rede privada não chega a ponto tão sério como na saúde pública, mas é preciso melhorar muito para ficar bom.  Nesse sentido, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu criar um selo de qualidade a ser concedido a hospitais que se submetam a testes destinados a medir seu desempenho, em setores importantes como segurança para os pacientes, eficiência no atendimento e no aproveitamento dos recursos disponíveis, além de tempo de espera em emergência.
A rede hospitalar privada no Brasil atende mais de 48 milhões de clientes de planos de saúde, número que cresce continuamente, e todo e qualquer esforço que se faça no sentido de melhorar os serviços oferecidos por essas instituições é louvável. Numa primeira fase, que irá de janeiro a junho, a participação nos testes será voluntária e contará com 42 hospitais de todas as regiões, com destaque para os Estados mais populosos e rico, e portanto com maior número de clientes de planos, como São Paulo (18), Rio de Janeiro (13) e Minas Gerais (5). Daquele total, 19 hospitais pertencem à rede própria dos planos e os outros 23 são independentes. Na fase seguinte, durante o segundo semestre, a medida será obrigatória para todos os hospitais dessa rede, mas a adesão dos demais continuará sendo voluntária.
A ANS e as empresas que operam planos de saúde escolheram 26 indicadores de qualidade que servirão de medida de qualidade dos serviços de saúde oferecidos por esses hospitais. Entre esses indicadores, serão coletados mensalmente dados sobre níveis de infecção, taxa de mortalidade em cirurgia e atendimento neonatal, taxa de ocupação e média de permanência, tanto dos pacientes em geral como dos internados em maternidade e unidades de UTI para adultos e crianças. Esses exemplos dão uma idéia da abrangência da pesquisa e da minúcia da avaliação, que em princípio permitirão traçar um quadro preciso da situação de cada hospital, indicando o que pode ser mantido e o que deve ser modificado.
Essa iniciativa da ANS foi bem recebida pelas entidades representativas do setor, como a Federação Brasileira de Hospitais (FBH) como a Associação Brasileira de Medicina de Grupo e a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que reúnem as operadoras de planos de saúde. De acordo com a FBH, a divulgação das avaliações de cada hospital levará os que não conseguirem um bom resultado a melhorar seu desempenho e sua imagem diante dos clientes. Por isso, no futuro, mesmo sendo obrigatórios, os testes acabarão sendo adotados por todos, porque ninguém vai querer ficar sem o selo.
Atualmente, existem 6.690 hospitais no País, sendo que 4.548 são particulares e 2.142 públicos. É preciso melhorar muito os serviços oferecidos por todas essas entidades que possuem a obrigação de salvar vidas e melhorar as vidas de milhões de pessoas anualmente. Sejam eles públicos ou privados, não podem oferecer saúde às pessoas como se estas fossem algo inanimado, como se não fossem serem humanos. É preciso colocar amor, paixão, dedicação plena no que estão fazendo. As pessoas não podem ser tão mal atendidas quando vão procurar serviços médicos seja utilizando plano de saúde privado ou na rede pública.

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