quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O setor público brasileiro precisa melhorar muito a oferta de infraestrutura, principalmente de energia



A infra-estrutura brasileira está pedindo socorro devido a tantas carências que existem transformado-se em verdadeiros gargalos impedindo qualquer tipo de crescimento na economia além de muitas outras inconveniências para a população brasileira. São muitas as ineficiências que fica até difícil de enumerá-las, mas podemos mencionar as usinas hidrelétricas sem linha de transmissão, reservatórios com nível inferior ao desejável, ferrovias que levam a um porto ainda inexistente e mais uma série de outros fatores tão prejudiciais ao desenvolvimento do País. A imagem atual do Brasil é cheia de pontos que necessitam de reparos para que a sociedade e a economia possam progredir e ir para um nível mais alto.  Além de tudo isso, há um aumento bastante razoável dos custos devido às más condições de muitas estradas, portos, aeroportos, energia, etc. 
O caso específico da energia é bastante emblemático. É claro que uma usina que produza energia elétrica terá um custo mais alto para os consumidores se, ao funcionar, essa energia não puder ser faturada, principalmente enquanto o empreendimento tiver de pagar juros do financiamento sem dispor das receitas que havia previsto. As perdas podem ser ainda maiores se as fábricas que contavam com o fornecimento da energia não puderem fazer funcionar seus equipamentos. Isso é exatamente o que está ocorrendo em muitos casos atualmente. 
Tem que haver desburocratização nos processos de produção e transmissão de energia elétrica, além de haver incentivos claros para a produção de novos tipos de energias que sejam limpas e renováveis tais com a energia solar e eólica. A falta ou a possibilidade de falta de energia gera conseqüências negativas para as fábricas que tenham de funcionar muito abaixo da sua capacidade de produção, recorrendo a uma energia mais cara produzida por termoelétricas que existam na região. Além disso, com a expectativa de escassez de energia, muitos investimentos podem até mesmo ser postergados, mesmo que essa escassez seja apenas uma ameaça. 
A mídia tem mostrado os quantos são desperdiçados recursos na produção de infraestrutura no Brasil. São usinas que começam a funcionar muito antes do início da construção das linhas de transmissão e muitos casos parecidos ocorrem com tanta naturalidade que muitos dirigentes acham isso normal! Há um caso na Bahia em que uma ferrovia de 1.000 km para transportar mercadorias estará pronta pelo menos dois anos antes do que o porto em Ilhéus que demandou a ferrovia. 
Dever haver um planejamento das obras públicas de forma mais adequado e profissional que leve`em conta o respeito à finalidade da obra, os custos, os desperdícios e eventuais perdas para a sociedade brasileira. Para que esses preceitos não são observados em muitos dos investimentos do setor público, notadamente aqueles envolvendo infraestrutura para o País. O atraso nos investimentos públicos, que multiplicam seus custos, resulta de uma péssima administração dos projetos e também do fato de eles serem, na maioria dos casos, financiados por organismos internacionais ou regionais. As pessoas que aprovam e decidem sobre os investimentos no Brasil deveriam se observar isso. Se fosse assim, toda a sociedade brasileira sairia ganhando, não perdendo como está ocorrendo atualmente.

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