quarta-feira, 19 de junho de 2013

Conatrae cobra avanço da PEC do Trabalho Escravo no Senado

Proposta será tema de discussão na sessão da Comissão de Constituição e Justiça; se aprovada, irá para aprovação em plenária
Por Repórter Brasil
A Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR), espera que a chamada PEC do Trabalho Escravo, que prevê a expropriação de propriedades onde for flagrado trabalho escravo e sua destinação para reforma agrária ou uso social urbano, avance no Senado Federal. Após parecer favorável do relator, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), em 23 de abril, ela será um dos temas da sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da casa que vai ocorrer na quarta-feira, 19 de junho.

Reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. Foto: 
 José Cruz/Agência Senado
“Estamos otimistas com o parecer favorável. Esperamos que a PEC seja votada já na próxima quarta-feira pela Comissão, para que entre em plenária já esta semana e seja aprovada”, diz José Guerra, coordenador-geral da Conatrae. A Proposta de Emenda à Constituição 57A/1999, seu nome oficial, está tramitando há mais de dez anos no Congresso e já foi aprovada anteriormente no Senado. Terá que passar por nova votação, no entanto, porque em 2004, durante votação em primeiro turno na Câmara dos Deputados, onde tramita como 438/2001, foi incluída a possibilidade de expropriação também de propriedades em áreas urbanas. Em maio do ano passado, a casa aprovou a proposta em segundo turno, com 360 votos a favor, 29 contrários e 25 abstenções(veja quem votou contra e a favor). 
Em seu parecer, Aloysio Nunes propôs aprovação sem alterações. Do ponto de vista da constitucionalidade da matéria, não há nada a objetar”, afirma o relatório. “Não há, igualmente, restrições quanto à juridicidade, regimentalidade e técnica legislativa”. Segundo o deputado, “ao permitir o confisco do imóvel em que houver trabalho escravo, o país dará um sinal inequívoco de que está empenhado em inibir a prática desse tipo de crime que fere, não só as leis trabalhistas, mas, antes de tudo, os direitos humanos”. 
A PEC do Trabalho Escravo prevê um acréscimo ao artigo 243 da Constituição que já contempla o confisco de áreas em que são encontradas lavouras de psicotrópicos. Se aprovada na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, a PEC 57A/1999 segue para o plenário do Senado para ser apreciada em dois turnos. Caso receba dois terços dos votos dos senadores, é promulgada. Se receber alterações, volta para a Câmara dos Deputados. 
HistóricoO projeto está tramitando no Congresso Nacional desde 1995, quando a primeira versão do texto foi apresentada pelo deputado Paulo Rocha (PT-PA), mas não conseguiu avançar. Então, uma proposta semelhante, criada no Senado Federal por Ademir Andrade (PSB-PA), foi aprovada em 2003 e remetida para a Câmara, onde o projeto de 1995 foi apensado. 
A comoção popular gerada pelo assassinato de três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho e Emprego durante uma fiscalização rural de rotina em 28 de janeiro de 2004, acontecimento que ficou conhecido como “Chacina de Unaí”, no Noroeste de Minas Gerais, fez a proposta andou na Câmara. No entanto, desde sua aprovação em primeiro turno, entrou e saiu de pauta várias vezes, até passar pelo crivo dos deputados federais no ano passado. 
No campo, a maior incidência de trabalho escravo contemporâneo está na criação de bovinos, produção de carvão vegetal para siderurgia, produção de pinus, cana-de-açúcar, erva-mate, café, frutas, algodão, grãos, cebola, batata, na extração de recursos minerais e na extração de madeira nativa e látex. Nas cidades, a incidência é maior em oficinas de costura, no comércio, hotéis, bordéis e em serviços domésticos. No campo e na cidade, pipocam casos na construção civil.
Escreva para o seu senador cobrando empenho na aprovação da PEC do Trabalho Escravo. Confira abaixo a relação completa dos senadores que participam da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, e seus respectivos endereços no Twitter. Clique aqui para ver no site oficial do Senado a relação completa de Senadores com telefones, e-mail e endereço de contato.
Bloco de Apoio ao Governo (PSOL, PT, PDT, PSB, PC DO B, PRB)
José Pimentel (PT) 
@jose_pimentel 

Anibal Diniz (PT)@13Anibal

Eduardo Lopes (PRB)
@EduardoLopesPRB

Ana Rita (PT)
@anarita_pt

Antonio Carlos
 Valadares (PSB)
@ValadaresPSB
Randolfe
Rodrigues (PSOL)

@informeRandolfe


Pedro Taques (PDT)

@PedroTaquesMT

Inácio Arruda
 (PC do B)

@inacioarruda

Eduardo Suplicy (PT)@esuplicy
Bloco Parlamentar da Maioria (PV, PSD, PMDB, PP)


Eduardo Braga (PMDB)

@EduardoBraga_AM

Sérgio Souza (PMDB)

@_sergiosouza

Francisco Dornelles (PP)
Twitter não indicado


Vital do Rêgo (PMDB)

@senadorvital

Luiz Henrique (PMDB)
Twitter não indicado

Sérgio Petecão (PSD)

@senadorpetecao


Pedro Simon (PMDB)

@simonimprensa

Eunício Oliveira (PMDB)

@EunicioSenador
Lugar vago
Bloco Parlamentar Minoria (PSDB, DEM) 


Aécio Neves (PSDB)
Twitter não indicado

Alvaro Dias (PSDB)

@alvarodias_


Aloysio Nunes Ferreira (PSDB)
@Aloysio_Nunes


Cássio Cunha Lima (PSDB)

@cassiocl


José Agripino (DEM)

@joseagripino
 -
Bloco Parlamentar União e Força(PTB, PSC, PPL, PR)


Armando Monteiro (PTB)

@armandosenador

Magno Malta (PR)
Twitter não indicado


Mozarildo Cavalcanti (PTB)

@senmozarildo


Antonio Carlos Rodrigues (PR)

@_ACRodrigues
 

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