O presidente do PT, Rui Falcão, vai trazer novamente a debate o que chama de “democratização da mídia” em sua campanha de reeleição.
O deputado estadual paulista começará sua andança eleitoral entre os militantes no próximo dia 13, com resgatando bandeiras de esquerda do partido, defendidas em sua fundação no início dos anos 80, como reforma agrária, integração da América Latina, compromisso com igualdade de gênero e orientação sexual e com “causas libertárias”.
“Cabe ao PT organizar mobilizações e campanhas massivas, em todo o País, em torno de questões cruciais da vida brasileira, como, por exemplo, a democratização das comunicações”, diz o manifesto em apoio à sua reeleição, escrito pelo ex-secretário geral da Presidência, Luiz Dulci, atual presidente Instituto Lula e coordenador da campanha do petista.
O documento será assinado por personalidades do partido e quadros políticos das três principais correntes internas do PT: Construindo um Novo Brasil, Novos Rumos e PT de Luta e Massas. Juntas, formam a chapa O Brasil quer mais e melhor. Esse grupo é herdeiro da antiga Articulação, tendência majoritária desde a fundação do partido.
A questão do marco regulatório da mídia, defendida por Falcão, tem desgastado a relação do PT com o Planalto. O presidente do PT reconheceu que o governo federal não vai mais tocar no assunto até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Ele afirmou que é “um direito do governo” não enviar o projeto por conta da “correlação de forças”. “Mas o partido, como é diferente do governo, vai se associar às entidades que estão querendo convencer a sociedade de que esse marco é necessário. Tenho a expectativa de que vai acabar saindo.”
No início de março, uma resolução do diretório nacional petista pedia a Dilma que revisse a decisão de adiar o envio de projeto sobre o tema ao Legislativo. No governo Lula, o ex-ministro da Comunicação Social Franklin Martins elaborou um projeto, mas Dilma decidiu não levar o debate para frente.
O jornalista Breno Altman, por sua vez, publicou duro artigo defendendo que o PT exigisse a cabeça do ministro Paulo Bernardo.
Do 247
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