sábado, 3 de agosto de 2013

As pessoas devem saber medir as palavras para não falarem demais

“Boca fechada não entra besouro; macaco que muito pula quer dançar”.
Guilherme Arantes
Para que uma guitarra esteja sempre afinada, suas cordas não podem estar muito frouxas nem tensas. Do mesmo modo, o grande objetivo de um bom comunicador é encontrar o meio-termo em qualquer ocasião, o ponto de equilíbrio no qual uma mensagem pode ser enviada com eficiência e ser compreendida pelo receptor de forma adequada e elegante.
Muitos comunicadores pecam pelo excesso e inadequação. Exageram na “dose da comunicação”: aparecem demais, falam “pelos cotovelos”, interrompem os demais, acabando por desgastar a sua própria imagem em reuniões, palestras, apresentação de projetos e encontros sociais. São exibicionistas que “morrem pela boca” e sofrem do complexo do “macaco pulador”.
Na ânsia de aparecerem e se comunicarem, os “macacos puladores” se expõem de maneira exacerbada, o que leva fatalmente a perda de credibilidade junto aos interlocutores. São indivíduos que gostam de monopolizar as atenções, não deixando espaço para que os outros participem e interajam. Têm opinião sobre tudo e não deixam a plateia respirar. Suas intenções podem ser as melhores do mundo, mas o resultado é trágico e ineficaz.
No outro extremo há aqueles que se mantêm fechados e reservados em todas as ocasiões. São chamados de “bocas fechadas”. Nas reuniões de trabalho se mostram hesitantes e temerosos que os outros reajam negativamente às suas falas; ficam eternamente na defensiva e se escondem atrás dos profissionais extrovertidos. Vivem em uma “zona de conforto” onde preferem não se posicionar. Não progridem e assistem aos colegas extrovertidos prosperarem.
Artistas bem-assessorados do show business sabem que suas imagens devem ser administradas com moderação e bom senso. Suas aparições na mídia são estudadas e calculadas para gerar impacto na medida certa durante determinado período. Eles sabem que a presença constante e massificada pode cansar o público.
A regra vale igualmente para a área corporativa. Um grande comunicador sabe intercalar momentos de verbalização com doses estratégicas de silêncio. Calar-se – nesse caso – é uma tática inteligente que permite escutar outras vozes e dar um tempo para o raciocínio elaborar as ideias que vêm dos interlocutores. Quando nos silenciamos durante um diálogo, levantamos a autoestima dos outros receptores e efetivamos um intercâmbio produtivo. Fim da mensagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário