quinta-feira, 25 de abril de 2013

A violência deixa as pessoas amedrontadas e espanta os investimentos e o desenvolvimento


Por Aristóteles Drummond, Jornalista
 A questão da segurança pública é um drama nacional. A violência tira a paz da população, prejudica uma atividade econômica e social importante como o turismo, afasta investimentos, assusta grandes corporações, que ficam com suas sedes latino-americanas em Miami, e, agora, são muitos os casos de Bogotá e Santiago.
O povo já se manifestou, em plebiscito, contra o desarmamento indiscriminado. É claro que o governo, que não oferece segurança, não pode nem deve impedir que os que moram em locais isolados, por exemplo, ou que sejam obrigados a transitar à noite em estradas, de estar prontos para a defesa da vida e do patrimônio. Desarmados devem ser os bandidos, parece mais lógico.
Alguns políticos têm revelado coragem no trato dessas questões. É o caso do prefeito do Rio, Eduardo Paes, no que toca o recolhimento compulsório de dependentes químicos que estejam nas ruas, degradando a cidade, ameaçando os passantes e agravando a própria situação. Incrível essa corrente de opinião que defende a permanência nas ruas de delinquentes e doentes, pois o vício é destruidor e é uma doença. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defende a baixa da maioridade de 18 para 16 anos, o que é mais do que natural. Se podem votar e assaltar, podem responder criminalmente. E mais: todos sabem que cada organização criminosa tem o seu menor escalado para assumir responsabilidades, em vista da legislação leniente. Não se reeduca nas ruas, mas, sim, em entidades com este fim. Deveríamos ter abrigos-escolas para infratores entre os 16 e os 24 anos.
Tudo anda muito devagar nesse país da impunidade. Os códigos precisam ser revistos, simplificados, para que o Judiciário fique mais rápido. Quem realmente sabe o que é Justiça Social e Direitos Humanos não se conforma com a facilidade com que criminosos endinheirados, poderosos, levam anos e anos para prestar contas à sociedade. Entre os casos emblemáticos, o do jornalista Pimenta Neves, que matou covarde e cruelmente a namorada e ficou solto dez anos. O livro ‘Pimenta Neves — Uma Reportagem’, de Luiz Octavio de Lima, impressiona ao narrar em detalhes a rota da impunidade.
Compartilhe:

Nenhum comentário:

Postar um comentário