Para um grande número de especialistas e, principalmente, economistas, a inflação no ano de 2013 deverá ser superior a 6% e, assim, acima da inflação do ano passado e bem acima do centro da meta do governo que é de 4,5%. Isso, evidentemente, não será bom para o Brasil atrair capitais externos e terá impactos significativos em muitas outras áreas da economia. O que mais terá impacto será na política monetária. O Banco Central terá que fazer mágica para controlar os preços e fazer com que a economia cresça e responda aos desejos da população e dos políticos, principalmente dos políticos do governo que desejam enfrentar uma eleição muito fácil no próximo ano.
Todo mundo sabe que a inflação de amanhã exerce um efeito sobre a de hoje. Ou seja, os agentes sabendo que os preços irão subir no futuro próximos, reajustam os preços dos seus produtos ou serviços de acordo com a inflação esperada. Em 2012, o governo decidiu, acertadamente, reajustar a sua política monetária visando elevar a taxa de crescimento da economia, cujos resultados dos últimos dois anos foram extremamente pífios. A desvantagem de ma política monetária expansionista é que produz também aumento de preços. Isso se torna mais forte em uma economia com a brasileira em existe uma forte indexação de preços, como é o caso dos salários e de muitos outros tipos de contratos que são reajustados conforme os preços gerais aumentam.
No ano passado a economia brasileira teve um clima de liquidez vindo não muito do exterior, como muita gente acreditava, mas dos crescentes gastos governamentais, principalmente para cobrir gastos de custeios. O governo precisa dar prioridade aos investimentos na infraestrutura, para que a economia possa ter uma dinâmica mais saudável e passe a crescer com menos obstáculos. A liquidez na economia que ser dosada de acordo com as condições do funcionamento da economia e deve ser de acordo com a demanda. Caso contrário, teremos inflação e o efeito sobre o crescimento será pouco.
O governo deve continuar a apostando no crescimento da demanda, mas para isso é preciso que as empresas possam atender de forma satisfatória a procura de produtos e serviços pelos brasileiros sem que ocorram aumento generalizado de preços. Um fato é a indústria nacional não está mais bem preparada do que no ano passado para atendê-la. Na atual situação no País, a maioria da indústria prefere importar muitos componentes dos seus produtos, em razão fatores relacionados com custos. Para muito setores é melhor importar do que produzir aqui.Assim, qualquer esforço governamental de elevar a demanda não culminará em aumento do PIB. O aumento da demanda será coberto com as importações.
É preciso rever taxas de câmbio, custo de produção, tributos, infraestrutura e mais uma série de outras coisas que faltam ao Brasil para ser, de fato, um País competitivo em setores mais importantes como é o caso da indústria. Nesse caso, o Brasil não fez a lição de casa e precisa aprender muito para lograr ir mais longe no desenvolvimento.
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