sábado, 23 de fevereiro de 2013

Muitos municípios não justificam a própria existência, geram muitos gastos e pouca eficiência


                                                               Os municípios, em grande parte nanicos, gastam o produto de seus impostos praticamente em pessoal.

Associar-se com os japoneses, no caso a Panasonic em 1977, pode ser traduzido por sete meses de discussão e apenas dois para a fábrica funcionar.
 Cada reunião tinha a sua pauta com um item novo, e assim foi até a exaustão.
 Moral da história: o japonês planeja muito e erra pouco, enquanto nós planejamos pouco, subestimamos o planejamento, e o fazemos com atraso; como compensação erramos muito, e os erros custam muito caro.
 Vejamos alguns casos que demonstram a irresponsabilidade de políticos demagogos e populistas: o Rio Grande do Sul teve dobrado o número de municípios em 10 anos, e ainda hoje o fruto dos plebiscitos fajutos mostram a imprudência e a irresponsabilidade dos autores.
 80% dos municípios gaúchos possuem menos de 20 mil habitantes, enquanto 67% têm menos de 10 mil habitantes.
 O que significou isso: geração de cabides de emprego, pois a constituição de um município exige um prefeito, um vice-prefeito, uma Câmara de Vereadores, uma delegacia de polícia, a estrutura do Poder Judiciário e por consequência o preenchimento de todas as vagas que se abrem para abrigar a estrutura necessária, sem falar nos CCs e nos funcionários fantasmas.
 Aliás esqueci-me do único integrante que nada custa para o poder público que é o padre, quando não for o bispo.
 É obvio que quando um país cresce em ritmo lento, medido pelo PIB, conclui-se que aos prefeitos cabe administrar a escassez de recursos, pois se multiplicou por dois o custo operacional dos municípios, restando cada vez menos recurso para investimento e infraestrutura.
 Quando a irresponsabilidade dos políticos autores do crime de multiplicação dos municípios se traduz em tragédia que não foi anunciada mas aconteceu, muda-se o teor do discurso, substituindo a euforia na multiplicação pela choradeira da  escassez.
 E aí pergunto, o que fazer?
 Na  minha opinião nada, a não ser consumir as receitas divididas pela multiplicação feita… E aí vem o pior: os municípios, em grande parte nanicos, gastam o produto de seus impostos praticamente em pessoal.
 E os investimentos em infraestrutura necessária para atender aos reclames da sociedade?
 Com as mãos amarradas os prefeitos mais ousados endividam o municípios, quando têm crédito, e os demais simplesmente deixam o tempo passar, e de quando em quando são convidados para integrar a CCP, Caravana dos Prefeitos Pedintes, que vai a Brasília pedir auxílio do governo federal, que como todos sabem não têm o que dar, apesar de ser o centralizador dos recursos provindos da arrecadação; no entanto os recursos existem basta que se olhe o custo da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016.
 Por exemplo esse caso é a prova da irresponsabilidade do não planejamento indispensável, que levou e leva suas vítimas a constatação que foi cometido um grave erro ao promover, pela política demagógica,  a inviabilização do pleno desenvolvimento dos mais de 400 municípios do RS.
 Quem paga a conta?
 Sem dúvida a sociedade que habita o “andar de baixo”, enquanto as do “andar de cima” não estão nem aí.

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