quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Desocupação de área no DF tem gás de pimenta, bate-boca e pedradas


Famílias em área de risco no Varjão entraram em confronto com a polícia.
Saída dos moradores é condição para regularização da área, diz GDF.

Do G1 DF
Moradores e policiais militares entraram em confronto durante a desocupação de uma área de risco no Varjão, Distrito Federal, na manhã desta quinta-feira (21). As cerca de 370 famílias que vivem na área tentaram impedir a entrada da PM e de agentes da Secretaria de Ordem Pública e Social do Distrito Federal (Seops) fazendo um cordão humano.

A PM usou gás de pimenta e houve empurra-empurra e bate-boca. Um grupo de moradores jogou pedras nos policiais que derrubavam os barracos. Apesar a confusão, que durou cerca de meia hora, ninguém ficou ferido.
A desocupação acontece por causa de um acordo firmado entre o GDF e o Ministério Público por conta dos riscos de incêndio e desabamento. Os moradores da área descoupada moravam em barracos de madeira.
O governo informou que a retirada das famílias é uma das condições para dar andamento ao processo de regularização do Varjão, que teve início em 2009. O GDF disse que vai urbanizar o local, implantar infraestrutura e construir unidades habitacionais que serão oferecidas a muitas das famílias que viviam no lugar.

Pela manhã, as ruas que dão acesso à área foram fechadas. A CEB interrompeu o fornecimento de energia elétrica e as primeiras famílias começaram a deixar o lugar, sob protestos.

Muitas das famílias viviam em outras áreas de risco e foram enviadas pelo GDF ao Varjão em 2005. A promessa inicial era de que elas permanecessem no local por seis meses. O governo informou que desde maio de 2012 as famílias já sabiam que deveriam deixar o local. Os moradores souberam da data de retirada em uma reunião no último dia 1º de fevereiro.

Os moradores afirmam que não querem deixar a área até receberem suas casas. Enquanto as moradias não ficam prontas, o governo vai oferecer um auxílio de R$ 408 para as famílias que estão cadastradas na Secretaria de Habitação.

Segundo o GDF, 140 famílias já estão aptas a receber o dinheiro. Muitos moradores entendem que o valor não é suficiente. As famílias que não estão cadastradas vão receber auxílio-vulnerabilidade durante três meses.

Cerca de 500 pessoas, entre agentes da Seops, policiais militares e funcionários da Terracap, estiveram envolvidos na ação. O GDF informou que disponibilizou 56 caminhões para fazer as mudanças.

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