domingo, 16 de dezembro de 2012

Os clubes do futebol brasileiros devem vencer também as suas imensas dívidas



Não há nada que afugente a alegria do povo brasileiro que o futebol. Esse esporte deixa pessoas totalmente apaixonadas pelos clubes que torcem. Muitas pessoas fazem qualquer coisa para assistir a um jogo importante de seu time de coração. Nos vários campeonatos em que os times participam em disputas acirradas pessoas verdadeiramente encantadas e dominadas pela paixão por seu time torcem, gritam e até choram para que o seu time seja o campeão. Futebol não só no Brasil, mas em muitas partes do mundo deixa pessoas totalmente passivas e com forte influência no seu cotidiano das vitórias e derrotas do time amado.
Em razão dessa paixão que as pessoas devotam para com os times de futebol e as condições econômicas e sociais do Brasil, os clubes tiveram um incremento grande em suas rendas nos últimos anos. Muito embora muitos deles tenham dificuldades financeiras para manter as suas atividades. De acordo com a Receita Federal, o faturamento dos principais clubes de futebol brasileiros cresceu em ritmo acelerado nos últimos anos. Entre as 20 agremiações da série A, elite da modalidade, verificou-se expansão das receitas de 63% entre 2006 e 2010. De uma média de R$ 53 milhões por clube, passou-se a R$ 84 milhões.
São números consideráveis e respeitáveis, entretanto muito abaixo dos valores obtidos por muitos times da Europa, esses valores demonstram que o esporte no Brasil também cresceu em infraestrutura e outros recursos. O maior faturamento é o do Real Madrid, da Espanha, com R$ 1,2 bilhão de receitas anuais. Aliás, a infraestrutura do futebol passa no Brasil por um processo de modernização, com as novas arenas para a Copa do Mundo de 2014. Mesmo com a possibilidade do deixar alguns elefantes brancos, como nos casos dos estádios de Manaus e Cuiabá, a Copa levará à modernização de muitas instalações esportivas, inclusive no que diz respeito às acomodações dos torcedores que vão aos estádios assistir às partidas.
Isso poderá levar, inclusive, a paz aos estádios. A violência causada por desentendimentos por parte de torcedores afugentaram muitos torcedores dos estádios. É muito provável que as brigas diminuam sensivelmente o que fazendo com que mais pessoas irão assistir às partidas em campo. Se isso de fato ocorrer, poderá vitaminar a bilheteria dos jogos, um problema sério para as finanças me muitos clubes brasileiros. Além disso, as arenas também propiciarão ganhos com shows. Esse cenário otimista, entretanto, esbarra, nos arcaísmos ainda incrustados no futebol brasileiro. Embora nos últimos tempos a administração dos clubes tenha se profissionalizado, a gestão dos clubes continua infestada de interesses escusos e personalismo.
Um dos resultados desse tipo de gestão é a dívida astronômica que os clubes possuem com a Receita Federal. Até no ano de 2010, essa dívida era superior a R$ 612 milhões. Em razão disso, a maior parte dos grandes clubes do futebol brasileiro tiveram suas cotas de TV penhoradas para pagar essas dívidas. Com a Copa do Mundo que se avizinha os clubes e as entidades que os representam terão uma excelente oportunidade de não somente apresentar um futebol bonito e vencedor, mas também fazer bonito com as receitas e principalmente com as suas dívidas.
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