domingo, 16 de dezembro de 2012

Foco de tensão fundiária em MT fica deserto


16/12/2012 - 06h06


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DANIEL CARVALHO
JUCA VARELLA
ENVIADOS ESPECIAIS A POSTO DA MATA (MT)
Principal ponto de tensão fundiária hoje no país, o distrito de Posto da Mata, em Mato Grosso, epicentro da operação de retirada de posseiros da terra indígena Marãiwatsédé, começa a tomar ares de cidade fantasma.
Mas o aparente abandono da área não esconde o acirramento dos ânimos nesse trecho do município de Alto Boa Vista, em razão da operação iniciada há uma semana.
O cenário de ruas desertas contrasta com o barril de pólvora em que se transformou o bloqueio na BR-158, no distrito, com caminhoneiros irritados pela retenção de 70 horas e manifestantes dispostos a morrer pela terra.
Após confronto entre posseiros e forças policiais em Posto da Mata na última segunda-feira (10), oficiais de Justiça passaram a abordar fazendas mais afastadas da concentração popular, o que por ora evitou novos conflitos.
Juca Varella/Folhapress
Aluna de escola de Posto da Mata anda pelas ruas do distrito; a escola suspendeu as atividades antes do fim do ano letivo
Aluna de escola de Posto da Mata anda pelas ruas do distrito; a escola suspendeu as atividades antes do fim do ano letivo
Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), a força-tarefa federal que retira os posseiros da região havia percorrido 13 grandes fazendas até esta sexta-feira (14).
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse, em nota, que a "desintrusão de Marãiwatsédé prossegue e chegará com êxito ao final".
Na vila, de casas de madeira, quase não há movimento. A comunidade fica reunida em posto de gasolina à margem da BR-158, na entrada do distrito. Ontem, em plena manhã, igreja, dentista e até o bar estavam fechados. A praça tem equipamentos de ginástica novos, sem uso.
O único restaurante aberto perto do bloqueio enfrenta problemas para funcionar, pois 

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