segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Marina Silva corre risco de ficar sem partido para disputar as eleições de 2014

A ex-senadora Marina Silva, que está em segundo lugar nas intenções de votos para a presidência da república, corre um sério risco de ficar sem partido para concorrer. Ela enfrenta dificuldades para criar sua Rede Sustentabilidade. Para ser candidata pelo seu novo partido, terá que registrar a legenda no Tribunal Superior Eleitoral até 5 de outubro. No entanto, o prazo considerado seguro para que o processo de criação do partido seja concluído é até o final de agosto.
Apesar dela e seus aliados já terem coletado cerca de 850 mil assinaturas e apresentado cerca de 550 mil aos cartórios eleitorais — mais do que as 491.656 necessárias —, apenas cerca de 200 mil foram certificadas.
“Até o final da semana, chegaremos a 600 mil assinaturas entregues aos cartórios. Nós estamos cumprindo os prazos. Coletamos as assinaturas dentro dos prazos, encaminhamos para os cartórios dentro dos prazos, mas, infelizmente, uma parte dos cartórios não consegue atender o prazo de 15 dias para dizer se aquela ficha está certificada ou não. Alguns deles estão extrapolando em muito estes prazos”, lamentou Marina Silva em Brasília, no encontro da direção da futura legenda.
Marina pediu uma audiência com a corregedora-geral da Justiça Eleitoral, Laurita Vaz, para buscar uma solução para o atraso, que pode se dar por causa dos problemas nos cartórios.
Os resultados da mais recente pesquisa do Datafolha, publicados ontem, mostram que o senador mineiro perdeu quatro pontos no cenário mais provável. Marina Silva foi a única candidata no campo da oposição que avançou, indo de 23% para 26%, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff, que tem 35%. Marina cresceu três pontos percentuais desde a última pesquisa.
O cenário aumenta pressões sobre Aécio dentro do partido. Na hipótese em que foram testados juntos, José Serra e Aécio, somados, praticamente empatam com Marina. Separados, Serra tem desempenho pouco melhor que o de Aécio, mas o mineiro, quando testado sem o rival interno, não consegue atrair todos os seus votos.

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