domingo, 10 de março de 2013

Todos os brasileiros de caráter devem combater todos os tipos de violência contra a mulher


Mesmo com tantas notícias divulgadas, com tantas condenações sendo mostradas pela mídia e, principalmente, com a imensa importância do ser humano muitas vezes o amor é derrotado pela violência contra a mulher. São companheiros que por algum motivo, muitas vezes sem importância, maltratam, agridem, sufocam, matam mulheres indefesas. Os direitos à vida e à liberdade que todos nós temos, são negados a muitas mulheres pelo País a fora. É inadmissível que isso continue acontecendo, que pessoas sejam escravas dos desejos de outras pessoas. Não se pode admitir que o direito à vida seja negado por capricho de alguma outra pessoa.
Os números da violência contra a mulher brasileira são vergonhosos e estarrecedores. Somente no ano de 2012, a Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180) teve 732.468 registros, sendo 88.685 relatos de violência. Isso significa que, a cada hora, dez mulheres foram vítimas de maus tratos ao longo do ano passado.
De acordo com os dados, de todos os tipos de violência relatados, a física permanece a mais freqüente, totalizando 50.236 registros (56%), seguida pela psicológica, com 24.477 (28%); moral, com 10.372 (12%); sexual, com 1.686 (2%); e patrimonial, com 1.426 (2%). Os dados indicam ainda que no ano passado foram computados 430 casos de cárcere privado, ou seja, mais de um por dia.
Em 70% dos casos registrados (são somente dos casos que chegam ao conhecimento das autoridades, certamente muito mais não são relatados para ninguém, nem para os parentes ou amigos), o agressor é o companheiro ou o cônjuge da vítima. Acrescentando os demais vínculos afetivos, como ex-marido, namorado e ex-namorado, o número sobe para 89%. Cerca de 10% das denúncias mostram agressões cometidas por parentes, vizinhos, amigos e desconhecidos.
Entre as Unidades da federação, o  Distrito Federal lidera o ranking do ano de 2012 do Ligue 180, com 1.473 registros para cada 100 mil mulheres. Em seguida, aparecem Pará e Bahia, com taxas de 1.032 e 931, respectivamente. Municípios com média de 5 mil habitantes, como Santa Rosa da Serra (MG), Borá (SP), Sagrada Família (RS), Salvador das Missões (RS) e Amapá (AP), encabeçam o ranking das 50 cidades que registraram o maior número de ligações (proporcionalmente à população).
Para o governo, esses números demonstram que, nessas localidades, os serviços do governo federal de proteção à mulher dificilmente chegam. Isso, claramente, mostra a necessidade de interiorização dos serviços especializados de atendimento a mulheres. Mas, muito mais que isso.
É preciso que todas as mulheres sejam prontamente atendidas todas as vezes que solicitarem ajuda do poder público para lhes proteger contra ação de algum homem, seja companheiro, ex-companheiro ou sem nenhum tipo de relacionamento. A mulher deve ser protegida em quaisquer circunstâncias ou de quaisquer tipos de ameaças. Ao mesmo tempo, as mulheres devem deixar de ser submissas e exigirem o cumprimento do direito de exercer a liberdade, de pode exercer o livre arbítrio e de ser feliz sem ser incomodada por ninguém.
Francisco Castro

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