sexta-feira, 29 de março de 2013

Presidenta do Sintrasema: “servidores estão insatisfeitos com salários atuais”


Eles estão sendo perseguidos, coagidos e desrespeitados, pela atual administração
Domingos Cezar
Não é bom o relacionamento de trabalho entre os servidores do município de Açailância com a administração da prefeita Gleide Santos. E isso ficou demonstrado durante a assembléia geral extraordinária, realizada na manhã da última sexta-feira (22) na quadra da Sedel, situada na Rua Marly Sarney, Centro. Na ocasião, vários servidores demonstraram toda sua insatisfação, indignação e preocupação com o atual governo.
Coordenado pela presidenta do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Açailândia – Sintrasema, Maria da Paz Viana Soares Reina, a pauta principal discorreu sobre aumento salarial; PCCS – Administração, Saúde e Educação, e escolha dos membros para comissão do processo eleitoral do sindicato. Os debates se acirraram, entretanto, quando foi apresentada na plenária a proposta do executivo municipal.
De acordo com Maria da Paz Reina, a proposta de aumento salarial de apenas 7%, apresentada pela prefeitura, considerada imoral por todos, foi rejeitada pela unanimidade de todos os trabalhadores presentes à assembléia geral. De acordo com a sindicalista, o amento proposto pelo executivo não cobre as perdas salariais provocadas pela inflação.
Em entrevista concedida ao jornalista Domingos Cezar, a presidenta do Sintrasema fez ácidas críticas à atual administração, a qual, segundo ela, vem perseguindo e coagindo vários servidores. “Não tem um dia que não chegue à sede do sindicato quatro ou cinco reclamações desse gênero”, afirma Maria da Paz, ressaltando que esse número já foi até mais elevado.
A sindicalista admite, contudo, que a prefeita Gleide Santos pode substituir cargos de confiança, como chefias de setor, de gabinete, de coordenação, ou mudar o servidor de função. “O que está errado é ela tirar do cargo uma pessoa capacitada para a função e efetivar outra menos qualificada, e isso vem ocorrendo constantemente, principalmente na Saúde, onde não existe Plano de Carreira”, explica a presidenta.
Maria da Paz qualificou a proposta do executivo de tão imoral, uma vez que sugere salários iniciais para os servidores com ensino fundamental (agentes de portarias, garis, vigias, merendeiras, faxineiras, etc.) abaixo do piso nacional (salário mínimo), “o que é completamente inconstitucional”, afirma a sindicalista, dizendo não acreditar que os advogados da prefeitura não tenham conhecimento dessa inconstitucionalidade.
“Cadê o grupo político que Açailândia elegeu por apresentar proposta de mudança? Que mudança é essa?”, questiona a presidenta do Sintrasema, acrescentando que a atual administração subestima os servidores públicos do município, como se eles não tivessem conhecimento dos seus deveres e direitos. “Mas o sindicato vai continuar cobrando e apresentando propostas que propiciem condições dignas de trabalho e salário justo aos servidores”.
Contraproposta enviada ao executivo municipal
O Sintrasema enviou no início desta semana uma contraproposta para ser analisada pela equipe econômica da prefeitura de Açailândia e concedeu o prazo de até 2 de abril para que ela seja analisada e respondida. “Não temos mais tempo a perder, pois os servidores já tiveram muitas perdas salariais que precisam ser repostas o quando antes”, afirma Maria da Paz Reina.
Ela enumera alguns itens contidos na contraproposta que considera de suma importância para o funcionalismo municipal como, a implantação do plano de carreira da Saúde; reformulação da Administração e Educação, redução da jornada de trabalho na Educação, a inclusão de todos os trabalhadores da Saúde, no plano de carreira beneficiando os agentes de endemias e agentes comunitários.
Também está incluída na contraproposta, a correção da tabela salarial dos agentes de trânsito e instrutores de escolas; 25% de aumento salarial para a Saúde e Educação e 23% na Administração. “Queremos deixar claro que temos no sindicato o número exato dos servidores concursados, com suas respectivas portarias, o que nos permite ficar sabendo da situação trabalhista de cada um deles, por isso, nossa petição está baseada nas leis trabalhistas”, alerta a sindicalista.
Fonte: Jornal do Maranhão

Nenhum comentário:

Postar um comentário