Foi apresentado na tarde desta sexta-feira, 18, em Brasília (DF) o “Diagnóstico Sobre Tráfico de Pessoas nas Áreas de Fronteira no Brasil”, que traça um panorama da situação em 11 estados fronteiriços do país (para ler o relatório, clique aqui). O estudo tem como objetivo reunir dados sobre o problema e ajudar na construção de conhecimento para “apoiar as políticas e ações de prevenção, assistência às pessoas traficadas e a repressão a este crime”, conforme descrito na apresentação. Financiado pela Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), do Ministério da Justiça, o projeto, iniciado em dezembro de 2012, foi realizado em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e o International Centre for Migration Policy Development (ICMPD), organização internacional com sede em Viena, na Áustria.
O documento aponta a necessidade de mais atenção com o assunto nas agendas locais das áreas de fronteira brasileiras e de maior assistência às vítimas, além de uma necessidade de que as cúpulas dos órgãos de segurança pública nos estados sejam mais sensibilizadas para o enfrentamento a esse crime. O relatório também procura traçar um perfil dos fins do tráfico de pessoas. Segundo o estudo, em unidades da federação como Rio Grande do Sul, Paraná, Pará, Amazonas, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, é grande a incidência do trabalho escravo como destino. O tráfico para fins de exploração sexual acontece com grande frequência no Amapá, Pará, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
De acordo com o estudo, o perfil da vítima é o já comumente identificado por outras pesquisas realizadas anteriormente: homens, mulheres, mulheres transgêneros; crianças e adolescentes do sexo feminino e masculino; e transgêneros em condição de vulnerabilidade, seja pelas condições socioeconômicas, seja pela presença de conflitos familiares, seja pela violência sofrida na família de origem.
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